![Monumento à Santos Dumont no Parque Nacional do Iguaçu. Foto: Juliano Almeida](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2016/04/02122012-dumont-1024x683.jpg?resize=640%2C427)
No fim deste abril de 2016, completam-se 100 anos do pedido de Alberto Santos Dumont ao governo brasileiro, para que as terras em torno da Cataratas do Iguaçu fossem desapropriadas de, então, um único proprietário e transformadas em uma área de utilidade pública. O pedido ocorreu após o retorno de Santos Dumont de uma viagem à região.
O ambientalista Mario Mantovani e o jornalista Aldem Bourscheit, ex-editor de ((o))eco, escreveram um belo artigo que relembra o episódio, publicado no jornal Gazeta do Povo, de Curitiba:
Para alcançar as Cataratas, espetáculo natural hoje apreciado por 1,5 milhão de turistas ao ano, Santos Dumont enfrentou o lombo de um cavalo por quatro horas. Dependurado em uma árvore sobre o aguaceiro, não entendeu como as terras que abrigam aquele cenário pertenciam na época a uma única pessoa, o uruguaio Jesus Val. Sempre na vanguarda, Santos Dumont logo percebeu que áreas deveriam ser protegidas para o bem comum, como um patrimônio de brasileiros de todas as gerações. Determinado a defender as colossais quedas, o aviador partiu para nova jornada, rumo a Curitiba. À época sem estradas ou ferrovias entre as duas cidades, os cavalos entraram novamente em cena. A chamada “Cavalgada Patriótica” exigiu seis dias para se vencer 300 quilômetros até Guarapuava, sempre vizinhando uma linha de telégrafo. Dali, ele seguiu de carro até Ponta Grossa e, depois, alcançou a capital a bordo de um trem. Com influência e reconhecimento internacionais, Santos Dumont levou ao então presidente do estado do Paraná, Afonso Camargo, o pedido expresso para que as terras que abrigam as Cataratas fossem desapropriadas e declaradas como de utilidade pública. Isso aconteceu em julho de 1916. Duas décadas depois, o governo federal criou o Parque Nacional do Iguaçu. Uma estátua do pioneiro foi lá inaugurada em 1979, próxima ao local que ele havia visitado 63 anos antes. |
Leia o artigo original completo no Gazeta do Povo
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