Newsletter Eleições 2022 | Notícias da Semana #3
8 de outubro de 2022
Joênia Wapichana (REDE) foi a única pessoa indígena a atuar como congressista durante o mandato de Jair Bolsonaro, após um jejum de 35 anos sem um representante dos povos tradicionais ocupar uma vaga de parlamentar desde que Mário Juruna foi deputado federal, entre 1981 e 1987. No último domingo (2), a deputada federal por Roraima não se reelegeu. Entretanto, sete candidatos declarados indígenas conseguiram se eleger ao legislativo federal e dois ao estadual. No total, os indígenas contabilizaram 182 candidaturas, a maior quantidade desde que a declaração étnica passou a ser realizada em 2014. Débora Pinto revela esse novo cenário, no qual a representação indígena no Congresso será ampliada a partir de 2023.
Dos nove estados da Amazônia Legal, Luiz Inácio Lula da Silva foi o mais votado em cinco, entre eles Tocantins, estado que tradicionalmente vota em candidatos da direita por conta da influência do agronegócio. Já nos estados onde o antipetismo é predominante, o cenário é outro. Nestes redutos, o atual presidente ficou sempre com mais de 60% dos votos válidos, repetindo o mesmo desempenho de quatro anos atrás. O petista já iniciou as articulações políticas para manter o favoritismo. Fabio Pontes analisa as alianças e os desafios de Lula, numa região onde trava disputa de voto a voto com Jair Bolsonaro.
Com a quarta maior votação em São Paulo para a Câmara dos Deputados, 640 mil votos, Ricardo Salles concedeu entrevista, nesta quarta-feira (5), ao programa Pânico. Ali, não poupou nenhum de seus desafetos de críticas e palavrões, embora tenha sido poupado por seus entrevistadores de falar sobre o aumento recorde das queimadas em sua gestão na pasta do Meio Ambiente, tampouco sobre as acusações judiciais às quais responde por envolvimento com crimes ambientais. Juliana Arini detalha a entrevista, onde o ex-ministro deu sua tese sobre o seu triunfo nas urnas: um suposto reconhecimento pelo eleitorado de que o verdadeiro problema ambiental do país não seria a Amazônia, e sim o saneamento básico.
Boa leitura.