
O Eco+ | Edição #225 | dezembro/2024
08 de dezembro de 2024
A PEC 3/2022, mais conhecida como PEC das Praias, teve sua votação adiada após pedido de vista coletiva de senadores da base governista. A proposta estava pautada para a sessão de quarta-feira (4), onde foi a primeira a ser apreciada após um pedido de inversão de pauta feito pelo relator Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Não há data definida para que a proposta seja novamente apreciada, o que pode ficar para o ano que vem. O adiamento da votação, assim como o histórico sobre a PEC é tema da matéria de Gabriel Tussini.
Diante da dificuldade de chegar a um consenso, a quinta rodada de negociação do Tratado de Plásticos, que era para ser a última, finalizou sem acordo nenhum. O processo, que iniciou em 2022, agora deve ser continuado, provavelmente em 2025, em data e local a definir. Como aponta a repórter Alice Martins Morais, que acompanhou as discussões diretamente de Busan (Coreia do Sul), os países estão divididos entre mais de 100 países que buscam medidas mais ambiciosas, como reduzir a produção de plásticos, e algumas dezenas de nações que prezam por medidas mais focadas no gerenciamento de resíduos.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o ICMBio anunciaram, em evento na manhã de terça (3), investimentos de R$25 milhões anuais pelos próximos 3 anos, num total de R$75 milhões, no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Como aponta a reportagem de Gabriel Tussini, o anúncio foi feito no Centro de Visitantes Paineiras, na base do Corcovado, morro que abriga o Cristo Redentor, em evento que contou com a presença de autoridades políticas e religiosas. O dinheiro será pago pelas concessionárias de serviços de transporte do parque.
Boa leitura!
Redação ((o))eco

· Destaques ·
Votação da PEC das Praias é adiada após pedido de vista coletivo de governistas
Países não conseguem chegar a um acordo para combater poluição plástica
Parque Nacional da Tijuca, no Rio, receberá R$ 75 milhões para obras e projetos

· Conservação no Mundo ·
Sinal vermelho. Uma nova meta-análise sintetizou 485 estudos e mais de 5 milhões de projeções para produzir uma avaliação quantitativa global das extinções por mudanças climáticas. O estudo sugere que as extinções acelerarão rapidamente se as temperaturas globais excederem 1,5 °C e o cenário de maior emissão ameaçaria aproximadamente um terço das espécies, globalmente [Science].
Prova dos nove. A ONU abrirá um mercado de carbono na Indonésia, país rico em carbono que planeja gerar bilhões de dólares em créditos de suas vastas florestas tropicais. Mas os críticos dizem que o sistema de negociação é suscetível a fraudes e erros que prejudicarão as metas de emissões [Yale E360].

· Dicas Culturais ·
• Para ler •

Consumo Verde – A Construção de um Mercado de Massa Sustentável, de Ricardo Esturaro | Tira de Letra Editora
Vencedor na categoria Negócios na 66ª edição do Prêmio Jabuti, o livro aborda temas como os desafios da descarbonização da economia, a importância de uma transição social justa, estratégias de comunicação ambiental e as oportunidades para construir um mercado de consumo de massa sustentável.
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• Para ouvir •

Como as mudanças climáticas afetam os insetos sociais | Atiçando o formigueiro
Os apresentadores falam nesse episódio sobre um problema do século 21 para a conservação da vida na terra: as mudanças climáticas e o impacto delas na vida dos insetos sociais. Para falar sobre esse assunto, o episódio contou com a participação dos pesquisadores Kleber del Claro (UFU) e Michael Hrncir (USP).
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Um oceano de plástico| Dirigido por Craig Leeson
O documentário mostra como as consequências do nosso estilo de vida, utilizando em plástico descartável, impacta negativamente a fauna e as aves marinhas, além de apresentar soluções viáveis para a redução do consumo de plástico.
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