O Eco+ | Edição #253 | julho/2025
27 de julho de 2025
Um estudo recente da UFRJ revela que 90% das áreas habitáveis para o boto-cinza na Costa Verde do RJ coincidem com intensa atividade humana. A pesquisa aponta a urgência de medidas integradas, como redução de velocidade de embarcações e fortalecimento de áreas protegidas, para a conservação da espécie ameaçada. A reportagem de Júlia Mendes, publicada esta semana em ((o))eco, ressalta também que proteger o boto-cinza é crucial, pois ele atua como "espécie guarda-chuva" e "sentinela da saúde" do ecossistema marinho.
A jornalista Duda Menegassi publica mais uma reportagem da série especial Primatas, desenvolvida com o apoio da Re:Wild. Pela primeira vez no Brasil, macacos-aranhas foram registrados utilizando pontes artificiais. Esse é um marco do Projeto Reconecta, no município de Alta Floresta (MT). Essa iniciativa crucial cria passagens seguras para a fauna em áreas fragmentadas, evitando atropelamentos. O sucesso do projeto já beneficiou diversas espécies ameaçadas e pode se tornar um modelo nacional de conservação.
Na Bahia, uma espécie acaba de ser identificada, mas já é traficada e vendida globalmente. A nova espécie de caranguejeira arborícola, Typhochlaena chapadensis, é alvo de tráfico ilegal antes mesmo de receber proteção adequada. Este caso expõe a fragilidade da legislação, a lentidão da ciência em comparação com o crime, e a urgência de políticas integradas para combater o tráfico de animais silvestres. A alta demanda por espécies raras e a falta de fiscalização eficaz ameaçam a biodiversidade. Quem nos conta essa história é o repórter especial de ((o))eco, Aldem Bourscheit.
Boa leitura!
Redação ((o))eco
· Destaques ·
Atividades humanas na costa do RJ tomam 90% das áreas habitáveis para os botos-cinza
Macaco-aranha é registrado pela primeira vez em ponte artificial no Brasil
O tráfico chegou antes da ciência: nova aranha já era explorada ilegalmente
· Conservação no Mundo ·
Plástico nos oceanos. Um novo estudo publicado na quarta-feira na revista Nature estima que só o Oceano Atlântico Norte contém 27 milhões de toneladas métricas de nanoplástico — partículas de plástico 100 vezes menores que a largura de um fio de cabelo humano. Esse número é 10 vezes maior do que as estimativas anteriores de poluição por plástico de todos os tamanhos em todos os oceanos do mundo, de acordo com os autores do estudo. [Grist]
Viralizar a conservação. A Wild Africa tem como objetivo “popularizar a conservação” em todo o continente, utilizando embaixadores locais, mídia pro bono e campanhas baseadas em entretenimento para construir apoio público e político para a proteção da vida selvagem. Peter Knights acredita que mudar as atitudes culturais é essencial para garantir resultados duradouros em termos de conservação. [Mongabay]
· Dicas Culturais ·
• Para ler •
Comunidades tradicionais, povos indígenas e quilombolas: impactos e soluções na agenda climática | COPAÍBAS
A publicação inédita destaca o protagonismo de comunidades tradicionais, quilombolas e indígenas no uso sustentável da sociobiodiversidade, no combate ao desmatamento e na resposta às mudanças climáticas. O Programa COPAÍBAS – Comunidades Tradicionais, Povos Indígenas e Áreas Protegidas nos Biomas Amazônia e Cerrado – é gerido pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e financiado pela Iniciativa Internacional da Noruega pelo Clima e Florestas (NICFI). [Ebook]
• Para assistir •
Habitat Em Ameaça
Habitat em Ameaça revela a luta contra a destruição de lugares incríveis ao redor do planeta por meio dos aventureiros dos esportes de ação que se levantam para protegê-la. [Globoplay]
• Para ouvir •
Ponto IPEA
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lança podcast com série sobre mudança do clima. O podcast promete aprofundar temas que estão na ordem do dia, mesclando dados de pesquisa, políticas públicas e posicionamentos; primeira temporada propõe mergulho no contexto da COP 30, que será sediada em Belém. [Spotify]





