Alunos de seis universidades públicas do país – Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRS), Santa Catarina (UFSC), Minas Gerais (UFMG) e Rio de Janeiro (UFRJ – preparam para o final do ano um protótipo de construção sustentável que tem tudo para gerar muita polêmica. Visando maior conforto térmico sem uso de ar-condicionado, os alunos, sob coordenação do professor Vanderley John, da Escola Politécnica da USP, estão projetando uma casa cujas paredes são preenchidas com água.
A idéia é, por meio de um circuito fechado de bombeamento, fazer com que o líquido absorva a energia do sol, bloqueando a entrada de calor para dentro da construção. A água quente seria bombeada para um reservatório no subsolo da casa, dando lugar à água fria, evitando, assim, o uso de sistemas de refrigeração. A idéia é controversa porque, num primeiro momento, o protótipo considera apenas o uso de água potável, um dos itens cujo racionamento é almejado pelo setor de construção civil. Segundo o professor Vanderley John, o impacto causado pelo uso da água neste projeto é menor do que as emissões de gases estufa de um sistema de ar-condicionado.
Segundo relatório das Nações Unidas, apenas os edifícios são responsáveis por 30% das emissões de gases de efeito-estufa no mundo, seguido pela produção de cimento, que fica com 12% do total. O protótipo da casa com paredes de água foi apresentado hoje (24), durante 2º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável, realizado em São Paulo.
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