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Sven Teske, especialista sênior em energia do Greenpeace Internacional, acredita que fatores políticos estiveram à frente do estudo da IEA. “Eles estão colocando a política na frente da ciência. Indicaram previsões irreais de crescimento da energia nuclear e cenários drásticos de aumento dos custos e das emissões de gases de efeito estufa por outras fontes de energia, caso a nuclear acabe”, afirmou.
Ele critica também os valores estimados para um dos cenários previstos pelo IEA. Nele, a nuclear aumentaria de 398 GW (gigawatt), em 2009, para 640 GW, em 2035, o que representaria a ativação de uma usina nuclear a cada seis semanas até lá. No entanto, Teske lembra que o uso de energia nuclear vem diminuindo anualmente, acelerado pelo acidente em Fukushima, no Japão.
A produção de energia de forma centralizada é outra questão que o Greenpeace aponta. Isso porque a IEA segue focando seu estudo nesse tipo de geração e negligencia o poder de geração descentralizada das renováveis.
Entretanto, há um ponto com o qual as duas instituições concordam: é preciso diminuir o subsídio para os combustíveis fósseis e realocar essa verba nas fontes limpas. Teske conclui que “subsidiar os combustíveis fósseis é como subsidiar as mudanças do clima. Os U$ 400 bilhões aplicados nessa área, em 2010, seriam suficientes para investir em renováveis e ter capacidade de energia suficiente para atender a demanda de todos os países da África”.
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Os cenários previstos pelo Greenpeace são mais otimistas do que os da IEA, como mostram os gráficos acima. Fonte Greenpeace Energy [R]evolution. |
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