No dia 24 de setembro de 2013 um terremoto de magnitude 7,7 na escala Richter atingiu o oeste do Paquistão, causando a morte de pelo menos 350 pessoas e deixando mais de 100.000 desabrigados. O terremoto causou também o surgimento de uma ilha na baía ao leste da cidade portuária de Gwadar. Uma imagem feita pelo satélite EO-1 da NASA no dia 26 de setembro mostra a nova ilha, que não estava lá em uma imagem anterior, de 17 de abril, feita pelo Landsat 8.
![](/wp-content/uploads/oeco-migration//images/stories/set2013/gwadar_ali_depois.jpg)
![](/wp-content/uploads/oeco-migration//images/stories/set2013/gwadar_oli_antes.jpg)
Nesta foto do Instituto Nacional de Oceanografia do Paquistão é possível ver a ilha mais de perto. Podemos ver que sua superfície é uma mistura de lama, areia fina e rocha sólida.
![](/wp-content/uploads/oeco-migration//images/stories/set2013/gwadar_aerea.jpg)
Aquela região é propícia para a formação dessas ilhas, também chamadas de vulcões de lama. Quando uma camada superficial de gases ou fluidos sob pressão é perturbada pelas ondas sísmicas de um tremor de terra, esses gases sobem para a superfície, levando rocha e lama com eles.
Essas ilhas não costumam durar muito tempo. Nas imagens abaixo podemos ver outro exemplo de uma ilha similar, registrada pelo EO-1 em janeiro de 2011, mas que não aparecia em imagens feitas no ano anterior.
![](/wp-content/uploads/oeco-migration//images/stories/set2013/chandragup_ali_2011.jpg)
![](/wp-content/uploads/oeco-migration//images/stories/set2013/chandragup_ali_2010.jpg)
Tal fenômeno não ocorre apenas no mar. A imagem abaixo mostra dois desses vulcões de lama próximos da costa do Paquistão. O maior deles, o Chandragup I, tem cerca de 100 metros de altura, com um cratera de lama de 15 metros de diâmetro que transborda periodicamente.
![](/wp-content/uploads/oeco-migration//images/stories/set2013/chandragup-terra.jpg)
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