O Ministério do Meio Ambiente se preparou para apresentar boas notícias nesta semana. Ontem foi anunciado que o programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) receberá R$ 477 milhões, que serão investidos na área de 60 milhões de hectares de Unidades de Conservação (UCs) apoiadas pelo programa, pelos próximos 25 anos. Hoje, o presidente do Ibama reuniu a imprensa para tornar público os dados do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), ferramenta que auxilia o Instituto na fiscalização de desmatamento e mudança de solo na Amazônia. Os números não eram divulgados desde janeiro.
De acordo com os dados contabilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve redução de 20% nos dados acumulados, de agosto de 2013 a abril desde ano. No ano passado, os alertas de desmatamento somaram 1.872 mil, contra 1,5 mil registrados este ano (veja os dados mensais na tabela). Desde 2008, a área desmatada por ano na Amazônia cai, mas em 2013 houve um susto, com uma subida drástica de 28%.
Em geral, embora os alertas do sistema DETER sejam impreciso, eles mostram uma tendência que é confirmada com números mais precisos pelo Prodes (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia), que utiliza imagens de alta resolução, capaz de captar mudanças no solo a partir de 6 hectares. Os dados publicados hoje são feitos a partir de imagens com precisão de 25 hectares. Mas como o DETER emite alertas diários, além de apontar a tendência do desmatamento, é essencial para orientar a fiscalização que o Ibama faz no solo.
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