O bioma 100% brasileiro atravessa os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. E ao longo desses dez estados, é notável a grande variedade de paisagens e de biodiversidade. E por toda a extensão dos seus 844 mil quilômetros quadrados estão 14 Unidades de Conservação Federais de proteção integral que foram objeto de pesquisa da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), resultando na produção do Atlas das Caatingas e do documentário Caatingas em Risco, que será exibido daqui a 30 dias.
O Atlas traçou os problemas enfrentados pelas unidades de conservação como falta de recursos humanos e financeiros, desmatamento e ausência de regularização fundiária. O Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco, é um exemplo: a unidade está em fase de regularização fundiária “onde nem todos os antigos proprietários foram devidamente indenizados no processo de desapropriação de terras sob jurisdição e domínio da União. Além destes antigos proprietários, há diversos povoamentos indígenas que resistem em aceitar a transferência de suas moradias tradicionais para as terras indígenas circunvizinhas ao parque, também sob gestão da Funai. Tal situação resulta em constantes conflitos territoriais e elevação da tensão social na área do Parna do Catimbau, sob gestão do ICMBio”.
Em três anos de duração, a pesquisa Mapeamento e Análise Espectro-Temporal das Unidades de Proteção Integral da Administração Federal no Bioma Caatinga analisou 14 Unidades de Conservação de Proteção Integral (Parques Nacionais do Catimbau, Cavernas do Peruaçu, da Serra das Confusões, da Serra da Capivara, da Chapada Diamantina, da Serra de Itabaiana, das Sete Cidades, de Ubajara e Furna Feia, além das Estações Ecológicas Raso da Catarina, de Aiuaba, do Seridó, do Monumento Natural do Rio São Francisco e da Reserva Biológica de Serra Negra) da Administração Federal no Bioma Caatinga.
De dezembro de 2013 a dezembro de 2016, foram 22 mil quilômetros percorridos nessas unidades com todos os chefes entrevistados, além de funcionários do ICMBio.
No Atlas das Caatingas é possível encontrar mapas produzidos nos três anos de trabalho, imagens das unidades. Além de diagnosticar os problemas atravessados pelas unidades de conservação, o Atlas inclui recomendações para o desenvolvimento de uma proteção mais efetiva das áreas pesquisadas.
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Atlas das Caatingas
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Se a análise se estender aos outros Biomas, veremos que nada difere do que foi encontrado para a Caatinga. Apenas demonstra a Ineficiência do órgão gestor em todas, absolutamente todas as suas atribuições. Desde a divisão em 2007 , passados meros 10 anos, até hoje o ICMBio não mostrou a que veio.