Mais de 3 milhões de hectares serão protegidos na superfície marinha de Bahamas, no Caribe. O ministro do Meio Ambiente e Habitação das Bahamas, Kenred Dorset, anunciou a criação de 24 novas áreas marinhas protegidas e a expansão de 3 parques nacionais existentes, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (22) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (INEP, na sigla em inglês).
Com os avanços, o país conseguiu alcançar metade da meta estipulada pela Iniciativa Desafio Caribe (Caribbean Challenge Initiative ou CCI) de proteger 20% dos ecossistemas marinhos e costeiros até 2020. A Iniciativa Desafio Caribe é um compromisso assumido pelos dez estados caribenhos no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).
O Brasil é signatário da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e tem como meta proteger 10% de seu território marinho. Atualmente, o país protege apenas 1,57% de seu mar.
Novas área protegidas
O governo de Bahamas pretende oficializar todas as novas áreas protegidas até o final deste ano. Uma da novas áreas criadas foi o Parque Nacional San Salvador, anunciado em abril. A unidade foi criada para proteger habitat de garoupa, recifes de corais, tapetes de ervas marinhas e viveiros de manguezais.
Desde 2009, o Governo das Bahamas implementa um grande projeto de expansão da área marinha protegida. O projeto é financiamento do Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) e o pelo Global Environmental Facility (GEF).
Leia Também
Chile anuncia criação de terceiro maior parque marinho do mundo
ICMBio promete mais conservação marinha
Henrique Horn: “Ampliação da Esec de Taim é consenso”
Tudo sobre conservação marinha
Leia também
Tudo sobre conservação marinha
O maior banco de dados sobre ecossistemas marinhos é lançado nesta segunda-feira. De acordo com nova ferramenta, Brasil protege hoje 16.5% de seu mar territorial em 67 unidades de conservação. →
Henrique Horn: “Ampliação da Esec de Taim é consenso”
Em entrevista, chefe da estação ecológica conta sobre o processo de ampliação da área e diz que hoje está mais fácil criar UCs marinhas no país. →
ICMBio promete mais conservação marinha
Em entrevista durante inauguração de novo oceanário para peixes-boi, presidente do órgão detalhou projetos e ações ambientais em 2011. →
O problema é que muitas áreas de proteção são criadas apenas no papel. O difícil, e que constitui a maior tarefa, é promover a fiscalização destas áreas e criar meios de desenvolver atividades científicas e, também, de conscientização das pessoas da importância da manutenção delas para tentar garantir uma biodiversidade que perdure para o futuro. Acho de extrema importância a criação destas áreas, mas o objetivo deveria ir além da preservação. Deveria se pensar em criar uma interface com a população local, que permitisse o acesso das pessoas objetivando o aprendizado das questões ambientais fomentando assim o interesse de cada em fazer sua parte como um ente participante do meio ambiente, criar "cuidadores". E não apenas como alguém que tem apenas um olhar sobre estas questões.
Para um país insular, formado por cerca de 3.000 ilhas, com área de menos de 14 mil quilômetros quadrados e população em torno de 400 mil habitantes isso é moleza. Aliás, acho muito pouco, pouco mesmo. Já no caso do Brasil, um país de dimensões continentais, a história é outra.
E o Brasil na contramão…