O Boeing da Ethiopian Airlines que caiu na manhã deste domingo (10) entre a Etiópia e o Quênia levava 157 pessoas, 19 delas membros das Nações Unidas. Não há sobreviventes. Entre os mortos estão pessoas que participariam da IV Assembleia Geral das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que começa nesta segunda-feira (11), em Nairóbi, Quênia.
A queda ocorreu a 62 quilômetros da capital etíope, Adis Abeba, alguns minutos após a decolagem. Ainda não se sabe o motivo da queda do avião. É a segunda vez em menos de seis meses que um Boeing 737 Max cai, matando todos os passageiros. Em outubro, na Indonésia, um avião com o mesmo modelo caiu. Cento e oitenta e nove pessoas morreram na queda.
Ainda não se sabe quantas pessoas que estavam no avião participariam da reunião do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, marcada para 11 e 15 de março, embora já se saiba da presença, no voo, de intérpretes independentes e de funcionários da ONU Meio Ambiente.
Além do PNUMA, a ONU informou a morte de funcionários do Gabinete do Alto Comissário para os Refugiados (Acnur), e da União Internacional de Telecomunicações (UIT). O Banco Mundial também perdeu funcionários.
“As Nações Unidas estão em contato com as autoridades etíopes e trabalham em estreita colaboração com elas para estabelecer os detalhes do pessoal da ONU que perdeu suas vidas na tragédia”, afirmou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em comunicado.
A Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente reunirá mais de 4.700 chefes de estado, ministros do Meio Ambiente, empresários, representantes da sociedade civil e altos funcionários das Nações Unidas para discutir e firmar compromissos globais para a proteção ambiental. Este ano, a discussão será em torno de soluções inovadoras para a produção e o consumo sustentáveis.
O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, participará do evento.
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