Um novo coronel da PM assume o comando do órgão responsável pelas unidades de conservação do país. Fernando Cesar Lorencini já ocupava o cargo de substituto há um mês, desde a saída do Coronel Homero de Cerqueira, em 21 de agosto, e foi oficializado nesta terça-feira (22/09) como novo presidente do ICMBio. A nomeação publicada no Diário Oficial afastou o temor de que o cargo poderia ser ocupado por uma indicação ruralista. Assim como seu antecessor, Lorencini também carrega o título de coronel da Polícia Militar, e estava no ICMBio desde maio do ano passado, como diretor de Planejamento, Administração e Logística (DIPLAN).
“Ufa”, respondeu um servidor do ICMBio com a notícia da nomeação. “Ele na DIPLAN é bom, vamos ver como ficará como capacho do ministro”, disse.
Em plena crise das queimadas que afetam unidades de conservação federais no Pantanal e na Amazônia, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles deixou a presidência do órgão vazia por um mês. O ICMBio é responsável pela gestão de mais de 300 áreas protegidas que correspondem a mais de 9% do território continental do Brasil e mais de 25% do marinho.
Sem experiência prévia na área ambiental até ser nomeado para diretoria do ICMBio, Lorencini fez carreira na Polícia Militar do Estado de São Paulo e foi secretário adjunto de Segurança Urbana da cidade de São Paulo entre 2018 e 2019.
A escolha de mais um coronel da PM para o comando do órgão ambiental já era esperada. Após a saída de Homero Cerqueira, exonerado por Salles após rumor de que o substituiria no Ministério do Meio Ambiente, surgiu o boato de que o novo presidente do ICMBio seria indicado pelo ruralista Nabhan Garcia, secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura.
A militarização do ICMBio, com a nomeação de militares do alto escalão das forças auxiliares – PMs e Bombeiros – é uma política implementada pela administração de Ricardo Salles desde o ano passado. No ICMBio, além de todos os diretores e a presidência serem militares, 4 das 5 gerências regionais são comandadas por profissionais oriundos da PM, do Corpo de Bombeiros ou de carreira militar.
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E daí que só queria demonstrar, novamente, como a indignação é seletiva.
E vc tá indignado agora? Não parece.
Não devemos esquecer que já houve antes uma policial como "toda-poderosa" do icmbio…tb sem experiência na área ambiental. Ruim agora, ruim antes!
E daí.
Continua a mesma nheca.
A floresta foi para chão, e o fogo consumiu. E agora MemóriaAA?
E a turminha dela continua, toda poderosa na instituição. Inclusive em antigas CRs, atuais GRs, mamando nos cargos comissionados.