Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram estabelecer uma relação de causa e efeito envolvendo o aquecimento do planeta com eventos naturais, como o nascimento de uma borboleta marrom comum na Austrália, a Heteronympha merope. Embora já tenham sido sugeridas muitas correlações, os cientistas Michael Kearney e Natalie Briscoe, da Universidade de Melbourne, assinam um artigo na publicação Biology Letters com base em observações sobre o ciclo de vida do inseto nas primaveras desde 1940. Eles concluiram que a cada década as borboletas emergiam 1.6 dias mais cedo, ao passo que a cidade australiana esquentou 0.14ºC nesse período. De uma maneira geral, a borboleta nasce em média 10.4 dias mais cedo em relação ao que era visto nos anos 40. “Nós sabemos que o aumento da temperatura do ar para o nascimento da borboleta segue um padrão de causa e efeito”, dizem os autores.
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