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Pela metade

Prazo para que frigoríficos deixem de processar carne ilegal da Amazônia se esgota e Greenpeace contabiliza resultados parciais do compromisso das empresas.

Redação ((o))eco ·
6 de abril de 2010 · 15 anos atrás

Em outubro do ano passado, na esteira dos escândalos revelados pelo Greenpeace envolvendo compra de carne oriunda de desmatamento por parte dos maiores frigoríficos do Brasil, as empresas se mobilizaram para demonstrar comprometimento em mudar suas práticas danosas na Amazônia. Assinaram uma espécie de pacto afirmando que agora em abril já estariam adotando práticas sócio-ambientais para impedir que a floresta continue sendo vítima da pecuária – atividade que ocupa 80% das áreas desmatadas no bioma. O prazo acabou de acabar. A Marfrig e o grupo Minerva apresentaram resultados rasteiros perto do compromisso que firmaram seis meses atrás.

As empresas teriam que, primeiramente, cadastrar as propriedades de seus fornecedores na Amazônia, requisito fundamental para o monitoramento da cadeia produtiva da pecuária. A Marfrig assegurou que realizou a tarefa para 80% de seu volume de abate, mas não mostrou mapas de todas as fazendas. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) prometeu expandir este tipo de compromisso aos seus associados na região norte, mas para isso pediu mais três meses e empurrou para novembro a entrega do mapeamento.

A JBS, maior empresa processadora de proteína animal do mundo, assegurou ao Greenpeace que 80% do seu volume de abate estarão cadastrados até o fim deste mês. Hoje, o cadastro não supera os 43%. Desde que os frigoríficos assinaram o pacto com a organização, 14 mil hectares de floresta foram desmatados nas áreas de influência das empresas na Amazônia.

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