A redução de 89% no desmatamento no estado do Mato Grosso até 2020 pode evitar a emissão 9,5 bilhões de toneladas de CO2 equivalentes nos próximos 40 anos, segundo um estudo de pesquisadores da Universidade de Columbia e do MIT publicado esta semana pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os pesquisadores compararam emissões previstas em dois cenários diferentes. No primeiro, em que o agronegócio continua a avançar sobre florestas e cerrado como ocorreu no início do século, as emissões poderiam chegar a 15,8 bilhões de tonenadas CO2 equivalentes, até 2050.
No outro cenário, mais otimista, as metas do governo de redução do desmatamento seriam rigorosamente seguidas, e o desmatamento continuaria a cair, como em anos mais recentes. As emissões, até 2050, neste caso, seriam de 6,3 bilhões de toneladas.
O estudo foi liderado pelo PhD Gillian Galford. Para ele e outros autores, tanto o desmatamento direto como o as mudanças no uso da terra para o plantio de grãos e a criação de gado contribuem significativamente para as emissões.
Eles defendem políticas de desmatamento evitado como a melhor forma de conter as possíveis emissões de gases de efeito estufa no Mato Grosso. Ou seja, esquemas que paguem aos proprietários o custo de oportunidade de não utilizar a terra com florestas.
(Vandré Fonseca)
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