Reportagens

O capricho do rio pode dar lugar ao capricho do homem

As corredeiras do Uruá, consideradas de rara beleza, poderão submergir por força da construção da hidrelétrica São Luiz do Tapajós

Marcio Isensee e Sá ·
11 de julho de 2013 · 12 anos atrás
Essas são as famosas Corredeiras do Uruá, formadas por uma barreira de pedras avermelhadas que cruza o rio Tapajós ao longo de toda sua largura, que, nesse ponto, chega perto de 3 km. Entre janeiro e março, quando o rio está cheio, elas ficam submersas. Aos poucos, o Tapajós baixa e as revela. Em outubro, no auge da seca, elas afloram ao máximo, formando uma barreira fragmentada que cruza o rio e faz suas águas darem um salto de 2 metros de altura. Caso a usina hidrelétrica São Luiz de Tapajós seja construída, um lago monótono tomará o lugar da visão das corredeiras. Elas ficarão debaixo d´água enquanto a barragem existir. A foto acima, de Marcio Isensee e Sá, foi feita no fim da tarde da quarta-feira, 10 de julho de 2013, em um ponto da margem exatamente à frente das corredeiras, dentro do Parque Nacional da Amazônia. Agradecemos a Manoel Pereira, técnico do ICMBio, que nos levou ao local ideal para ter essa experiência e produzir duas horas de fotos e vídeos. Foto: Marcio Isensee e Sá.

 

 

  • Marcio Isensee e Sá

    Marcio Isensee e Sá é comunicador e gestor de conteúdo, especializado em jornalismo e audiovisual socioambiental. Atua na lid...

Leia também

Reportagens
22 de abril de 2025

Elevação do nível do mar ameaça aves limícolas migratórias

Estudo mostra que o aumento do nível do mar e a compactação de planícies de maré no Amapá reduzem o alimento para aves migratórias, aumentando seu risco de extinção.

Notícias
22 de abril de 2025

Governança climática brasileira é centralizada e anacrônica, dizem especialistas

FGV e Instituto Talanoa propõem criação de um “Sistema Nacional” de Clima para o Brasil

Notícias
22 de abril de 2025

Projeto quer reduzir APA da Baleia-Franca, em Santa Catarina

O projeto de lei pretende excluir toda a faixa terrestre da Área de Proteção Ambiental catarinense, sob alegação de que foco deve estar nos ecossistemas marinhos

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.