Reportagens

O capricho do rio pode dar lugar ao capricho do homem

As corredeiras do Uruá, consideradas de rara beleza, poderão submergir por força da construção da hidrelétrica São Luiz do Tapajós

Marcio Isensee e Sá ·
11 de julho de 2013 · 10 anos atrás
Essas são as famosas Corredeiras do Uruá, formadas por uma barreira de pedras avermelhadas que cruza o rio Tapajós ao longo de toda sua largura, que, nesse ponto, chega perto de 3 km. Entre janeiro e março, quando o rio está cheio, elas ficam submersas. Aos poucos, o Tapajós baixa e as revela. Em outubro, no auge da seca, elas afloram ao máximo, formando uma barreira fragmentada que cruza o rio e faz suas águas darem um salto de 2 metros de altura. Caso a usina hidrelétrica São Luiz de Tapajós seja construída, um lago monótono tomará o lugar da visão das corredeiras. Elas ficarão debaixo d´água enquanto a barragem existir. A foto acima, de Marcio Isensee e Sá, foi feita no fim da tarde da quarta-feira, 10 de julho de 2013, em um ponto da margem exatamente à frente das corredeiras, dentro do Parque Nacional da Amazônia. Agradecemos a Manoel Pereira, técnico do ICMBio, que nos levou ao local ideal para ter essa experiência e produzir duas horas de fotos e vídeos. Foto: Marcio Isensee e Sá.

 

 

  • Marcio Isensee e Sá

    Marcio Isensee e Sá é fotógrafo e videomaker. Seu trabalho foca principalmente na cobertura de questões ambientais no Brasil.

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