O Ministério do Clima e Meio Ambiente da Noruega anunciou, na tarde de ontem (22), a assinatura de um contrato internacional com a Kongsberg Satellite Services (KSAT) que, juntamente com as empresas Planet e Airbus, fornecerá acesso universal e gratuito ao monitoramento por satélite das florestas tropicais no mundo.
Segundo o governo norueguês, a Planet fornecerá mapas de alta resolução (menores que 5m) de toda região tropical, incluindo o Brasil, que serão atualizados mensalmente. “Eles estarão disponíveis gratuitamente para qualquer pessoa ver e usar por meio de parceiros de tecnologia da Noruega, como a Global Forest Watch. Além disso, a partir de meados de outubro, qualquer pessoa poderá fazer o download dos mapas-base mensais prontos para análise dessas regiões por meio da plataforma de imagens de satélite online da Planet, Planet Explorer, com a finalidade de apoiar a missão do NICFI (Iniciativa Internacional de Clima e Florestas da Noruega, na sigla em inglês)”, diz nota do site da Planet.
Além disso, Planet, KSAT e Airbus também trabalharão com parceiros noruegueses selecionados para compartilhar os dados das imagens originais, a fim de fornecer “aos principais líderes globais nas áreas da ciência e da política as imagens diárias da Planet e o arquivo exclusivo de alta resolução da Airbus”.
A iniciativa norueguesa tem o objetivo de “apoiar os esforços para impedir o desmatamento e salvar florestas tropicais do mundo”. Para tanto, o governo da Noruega investiu 43,5 milhões de dólares na NICFI.
Segundo especialistas, as imagens fornecidas gratuitamente pela iniciativa norueguesa são similares a uma parte das imagens que a Polícia Federal pretende comprar da Planet, por meio de sua representante brasileira, a empresa Santigo & Cintra, em contrato de R$ 49,7 milhões.
Entre os objetos descritos no contrato da PF, de número 18/2020, estão “acesso ilimitado à plataforma […] para visualização dos mosaicos mensais RGB (atual e acervo desde Jul/2017), e para uso da API de dados e geoserviços; fornecimento de 12 mosaicos mensais RGB”.
Para o cientista Gilberto Câmara, diretor do Grupo de Observação da Terra (GEO) – rede global de organizações governamentais, instituições acadêmicas e de pesquisa e empresas que têm como missão criar soluções inovadoras para gestão de informações e dados relacionados à observação da Terra –, “o fornecimento de 12 mosaicos mensais RGB já está coberto no contrato entre Noruega e Planet”.
O pesquisador Raoni Rajão, professor associado de Gestão Ambiental e Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), corrobora com Câmara: “Parte do que o Brasil está comprando por 49 milhões já vai estar gratuito, com frequência mensal. Seria importante rever os termos do contrato”, diz.
O contrato em questão, ao qual ((o))eco teve acesso, é alvo de processo no Tribunal de Contas da União (TCU) por “possíveis indícios de irregularidades”. O TCU chegou a suspender o contrato por medida cautelar na última sexta-feira (18), mas voltou atrás na segunda (21), revogando a decisão tomada anteriormente.
Em seu despacho, a ministra do TCU Ana Arraes, relatora do processo, declarou que a PF apresentou novas informações, alegando que a suspensão do contrato, cuja vigência teve início na segunda-feira(21), iria prejudicar as operações da corporação na punição dos responsáveis pelas queimadas, principalmente no Pantanal, e que as imagens serviam no combate a outros ilícitos.
No processo no TCU, o Tribunal de Contas investiga a real necessidade de aquisição das imagens da Planet, tendo em vista que o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) tem trabalho renomado no monitoramento do desmatamento, e outros satélites, como os da Agência Espacial Europeia, fornecem imagens gratuitas do uso do solo brasileiro, que poderiam ser usadas pela PF em suas operações. Em sua defesa, a Polícia Federal argumenta que a Planet oferece imagens de melhor qualidade e com maior frequência que os serviços gratuitos já existentes. Apesar da revogação da cautelar, o processo segue aberto no TCU.
Para os especialistas ouvidos por ((o))eco, a disponibilização gratuita de imagens pela iniciativa norueguesa é mais um tópico de questionamento sobre a real necessidade do contrato 18/2020 da Polícia Federal.
Em sua defesa no processo que corre no TCU, a PF informa que a Planet fornecerá não somente imagens de desmatamento, mas dados diários e alertas sobre diferentes regiões geográficas e temas de interesse penal, como garimpos, minerações, locais de acidentes, pistas de pouso clandestinas e tráfico internacional de drogas, entre outros ilícitos, e que tais ações “não se confundem com os objetivos específicos do INPE e, por isso, demandam ferramentas com capacidades específicas, das quais o INPE não dispõe”.
“[…] releva notar que o sistema Planet está adaptado às necessidades operacionais da Polícia Federal e tem permitido um aumento na eficácia e eficiência do combate aos crimes contra o meio ambiente. Os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais não atendem à dinâmica necessária à atividade policial, […] Desde 2018, as perícias da Polícia Federal utilizam as imagens e produtos Planet, quando reduziu de mais de 2 anos para menos de 6 meses o tempo necessário na produção de laudos”, diz outro trecho da defesa apresentada pela PF.
Segundo apurou ((o))eco, a PF entrou em contato com a Planet nesta quarta-feira para entender melhor como as imagens da iniciativa norueguesa serão disponibilizadas e o que de fato será fornecido gratuitamente e avalia, internamente, a possibilidade de ajustes no contrato.
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A maior parte da carne e da soja do Brasil vai para a China (um país comunista). E as unicas empresas que ganham com isso é as empresas nacionais e americans como JBS, Marfrig e Cargill etc….e ainda tem gado aqui na OECO, sem o que fazer, dizendo que são os europeus que querem roubar nossas terras e tomar posse da Amazonia.
A Floresta como o pantanal não vai produzir agricultura sustentável
O agronegócio não alimenta o Brasil
Mais um contrato milionário para agregar desvios de dinheiro. O INPE fornece dados diários com resolução suficiente para identificar os ilícitos. Mas o problema é que não estão realmente interessados em combater o crime, muita gente poderosa envolvida…
E muitos idiotas vem comentar pra expor sua ideologia. Entendam uma coisa: já é fato constatado que a floresta produz em pé mais recursos, e sem ela nosso agronegócio morre na estiagem. Quem ainda defende expansão de lavouras e pecuária sobre a amazônia deveria enfiar a cabeça no buraco de vergonha das asneiras que fala.
Sai mais barato para o país ter todos os dados via essa organização Internacional do que manter o Inpe funcionando. Tem muitos órgãos públicos que não deveriam não.tem motivo de existir em especial junto com.inpe
a justiça do trabalho e o ministério público do trabalho. Também tem que enxugar muitos desses órgãos como.os tj estaduais e os de contas
parece sair mais barato, mas na verdade querem é arrancar riquezas brasileiras, querem o minério da amazônia. acham que porque compraram do lula vão tomar posse da amazônia. ainda estão com conversa de enganar trouxas, mas vão tentar à força, basta venezuelar o Brasil, mas o povo de bem.vai se unir com as forças armadas e vamos defender nosso território, não vamos entregar o que a petralhada vendeu.
Muito estranho essa "oferta" Norueguesa, muita bondade da parte deles….. hoje em dia ninguém é bobo, não existe nada "de graça"; bom, mas isso todos nós sabemos. Vamos abrir nossos olhos.
O Brasil é um país de pessoas ignorantes. Todos os países ditos adiantados querem e tiram o máximo de seus recursos naturais. Bem!! Aqui temos bons recursos, que explorados podem geram riquezas para os brasileiros.
Mas parece que é proibido ser rico no Brasil.
Fico imaginando se os Japoneses fossem donos da Amazónia, já seriam o maior país do mundo.
Quem quiser ser naturalista é só ir lá para o Amazonas, tirar as roupas e se embrenhar na mata.
Mas daqui da Paulista é demagogia…
Onde ser "rico" é proibido no Brasil. Nada como uma piada nesta sexta feira.
Não viaja sr. Marcos Valadares. Volta pra Terra.
Mais um gado defendendo o fazendeiro. seria comico se nao foase trágico…
Quero ver quanto vai valer a fortuna de poucos quando nao houver mais agua pra irrigar essa lavoura de ignorancia do moradorzinho da paulista… coitadinho!!!
Uma nação de hipocrisia que tem a capacidade de imprimir a fauna e seu bioma numa cedula na qual não da o minimo do valor merecido.
Vai comer soja… beber vaca?! Não!!! isso e pago em cotaçao de dolar ignorante… seu lobo guará não vale merda nenhuma lá fora!!!
Se tudo isso existe, porque estão tirando tanto dos brasileiros trabalhadores? Esse povo ainda está pensando: SE PAGAR MAIS SERÁ MELHOR? Se já tem tudo isso, porque descobrem garimpo irregular depois de ANOS e etc… Não se amarra mais cochoro com linguiça, gente! Estamos cansados de ver essas histórias!
Política ambiental no Brasil é uma vergonha é um caso de polícia do exército da aeronáutica da marinha mas infelizmente não tomam atitudes que realmente
Não adianta nada, quando quem desmata são os próprios políticos da região, isso é uma máfia, onde um desmata e outro planta soja depois devolve a terra para formar pasto, o próprio Maggi é o maior produtor de soja do mato grosso.
Não seja leviano, Maggi não tem um pé de soja na Amazônia. Se não fosse as lavouras de Mato Grosso, vc estaria comendo o quê? Quantas florestas a Noruega tem?
Que lavouras do MT?!
O que tem é praticamente uma monocultura de soja!!!
O Mato grosso tem cultura extensiva para exportacao.