Das 68 espécies de serpentes registradas nos últimos cem anos no Cerrado e Mata Atlântica de São Paulo, 32 não são mais encontradas no município. Os dados são de pesquisa publicada na revista Biota Neotropica, do programa Biota-Fapesp.
“Como muitas das espécies são arborícolas e dependem da vegetação, elas são as primeiras a sentir os efeitos da perda da cobertura vegetal na cidade. Não entrariam, necessariamente, em uma lista de extinção estadual ou nacional, mas poderiam estar extintas localmente, o que implicaria a perda da população que ocorre no município de São Paulo”, disse Ricardo Jannini Sawaya, do Laboratório de Ecologia e Evolução do Instituto Butantan, segundo a agência Fapesp.
De acordo com a pesquisa, no último século foram registradas 97 espécies de répteis na capital – duas tartarugas, um crocodiliano, 19 lagartos, sete anfisbenídeos (cobras-cegas, parentes dos lagartos) e 68 serpentes. Ao todo, 51 espécies não foram registradas nos últimos seis anos no município. O que não se traduz necessariamente em extinção.
O projeto pretende mapear espécies não só de répteis mas também de anfíbios em todo o estado. Conhecendo sua distribuição será possível ter uma ideia de qual está ameaçada, informação básica para definir áreas prioritárias para conservação.
Para ler o artigo completo, clique aqui.
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →




