A NOAA, agência responsável pela atmosfera e pelo mar nos Estados Unidos, passou a considerar o tubarão-elefante (Cetorhinus maximus) como uma espécie ameaçada no Pacífico Norte Oriental, devido ao declínio da população deste peixe na costa Oeste americana. Apesar de protegido pela lei e de programas de conservação, a população do tubarão não vem se recuperando como era esperado. A nova classificação visa despertar o interesse público e das autoridades para desenvolver pesquisas que possam ajudar a recuperar a população da espécie.
O tubarão-elefante, também conhecido como tubarão-frade, é o segundo maior tubarão encontrado nos mares, pode chegar a dez metros de comprimento. É um animal dócil, que filtra o alimento enquanto se desloca na água. Pode ser encontrado desde os trópicos até o Ártico, mas prefere águas costeiras, onde convergem correntes de plânctons, seu principal recurso alimentar. Os tubarões-elefante do Pacífico Norte Oriental são considerados um grupo particular, que migra sazionalmente através da Costa Oeste da América do Norte, do Canadá até a Califórnia. Nos Estados Unidos, ele era pescado até a década de 1950. No Canadá, foi alvo de pescadores até os anos de 1970. Há algumas décadas, estes animais eram vistos em grande grupos, mas desde 1993 não é registrado nenhum grupo com mais de três indivíduos.
A espécie continua vulnerável às atividades humanas. Eles podem acidentalmente serem pescados, se enroscar em equipamentos e serem machucados por navios, quando se alimentam perto da superfície. Nos Estados Unidos, os tubarões capturados devem ser devolvidos à água. No Canadá, os animais e o habitat deles também são protegidos por lei. Mas eles ainda são capturados em muitos países, onde suas barbatanas têm um grade valor comercial e são usadas como ingredientes de uma sopa de tubarão.(Vandré Fonseca)
Leia também
Estados inseridos no bioma Cerrado estudam unificação de dados sobre desmatamento
Ação é uma das previstas na força-tarefa criada pelo Governo Federal para conter destruição crescente do bioma →
Uma bolada para a conservação no Paraná
Os estimados R$ 1,5 bilhão poderiam ser aplicados em unidades de conservação da natureza ou corredores ecológicos →
Parque no RJ novamente puxa recorde de turismo em UCs federais
Essas áreas protegidas receberam no ano passado 23,7 milhões de visitantes, sendo metade disso nos parques nacionais →