A ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula Marina Silva disparou críticas duras ao governo Dilma nesta quarta-feira durante a abertura do Fórum Amazônia Sustentável, que ocorre até sexta-feira em Belém, Pará. Candidata à Presidência da República em 2010, Marina afirmou que a “agenda bastante tímida” do Ministério do Meio Ambiente é retrocesso ambiental em relação a conquistas obtidas pela sociedade nos últimos anos.
![]() |
Ela também classificou como “omissão” o papel do governo na discussão do Código Florestal e defendeu que as mudanças sejam feitas no Congresso e não somente através de um veto da presidente. “A presidente Dilma disse durante o segundo turno que vetaria qualquer forma de anistia no Código Florestal. Mas se ela fizer estará contra 80% do Congresso”, avaliou.
Por fim, a ex-ministra sugeriu ao Fórum, que reúne 237 membros, entre ONGs, empresas e institutos de pesquisa, que façam uma moção contra a atual proposta de alteração do Código Florestal (PLC 30/2011) em debate no Senado. Segundo ela, o movimento serviria como pressão política para que seu antigo colega de partido, Jorge Viana, senador pelo PT do Acre e relator na Comissão de Meio Ambiente, aceite as emendas da sociedade, que foram rejeitadas nas Comissões de Agricultura e Ciência e Tecnologia.
Na entrevista abaixo concedida a ((o))eco, Marina Silva detalha porque vê um retrocesso na política ambiental brasileira
Leia também

CPI/PUC lança plataforma sobre os 10 anos do Código Florestal
Ferramenta concentra análises, pesquisas e dados sobre a implementação da Lei 12.651/2012 em todos os estados brasileiros →

Desmatamento na Mata Atlântica cresce 66% e chega a 21,6 mil hectares em 2021
Estados que estavam perto de atingir o desmatamento zero, como São Paulo e Sergipe, voltam a apresentar alta na destruição do bioma, revela Atlas →

Onças encontradas mortas no Pantanal foram envenenadas por agrotóxico, conclui PF
O inseticida Carbofurano, agrotóxico cuja venda é proibida no país, foi usado para envenenar as onças-pintadas. Carcaças foram encontradas em junho de 2021, já em estado de decomposição →