O consumismo infantil é um problema que atinge pais, educadores, governos e foi tema de oficina da programação da Semana do Meio Ambiente do Ministério do Meio Ambiente. O evento ocorreu na tarde da quinta-feira (06/06) passada, no Rio de Janeiro, e foi organizado em parceria com o Instituto Alana. Ao mesmo tempo, foi relançada a cartilha “Consumismo infantil: na contramão da sustentabilidade”, publicação que faz parte da série Cadernos de Consumo Sustentável, lançada pela primeira vez em novembro de 2012.
A cartilha apresenta dados sobre a influência das propagandas nas crianças. Para se ter uma ideia, 15% da população infantil do país está obesa, índice associado ao consumo excessivo de alimentos industrializados que, por sua vez, são difundidos por intensas campanhas de propaganda. Não é para menos, as crianças brasileiras ficam em média 5 horas em frente à TV, taxa entre as maiores do mundo. Isso significa 35 horas por semana, quase uma jornada de trabalho típica, em que os pequenos estão expostos a persuasão dos comerciais.
O consumismo infantil já foi tema de um documentário feito pelo Instituto Alana, que colaborou com a formulação da cartilha. O documentário “Criança, a alma do negócio” (veja na íntegra) debate a questão a publicidade voltada para as crianças e dos problemas causados pelo consumismo infantil.
Na cartilha, de 9 páginas, pais e professores recebem dicas de como educar as crianças para o consumo sustentável. Brincadeiras que estimulam a troca e a reflexão (Eu quero ou Eu preciso?) estão entre as dicas.
Mariana Meirelles, secretária de Articulação Institucional e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, destacou a importância do público infantil na implantação do Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis, conjunto de medidas lançado em novembro de 2011. “Trabalhar um novo padrão de consumo para as crianças é estruturante para o sucesso das iniciativas”, afirmou.
Confira na íntegra a cartilha “Consumismo infantil: na contramão da sustentabilidade”.
Leia também
Estudo propõe mudanças para simplificar legislação da Mata Atlântica e aumentar a conservação
Ausência de método para classificar estágios da floresta em resolução vigente dá margem para supressão de áreas que prestam importantes serviços ecossistêmicos →
Com apenas 4 indivíduos, cientistas alertam para extinção iminente da choquinha-de-alagoas
Ave ocorre apenas na Mata Atlântica do nordeste, entre Alagoas e Pernambuco, foi duramente afetada pelo desmatamento e hoje pode ser encontrada numa única localidade →
Chuvas no Rio Grande do Sul: o que as águas barrentas que tudo arrastam sinalizam?
Perda de vegetação nativa, desmonte de políticas públicas ambientais e crise climática potencializam os efeitos das enchentes e colocam em xeque o modelo de desenvolvimento gaúcho →