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Abril comemora 100 anos do pedido de Alberto Santos Dumont para proteger Iguaçu

O pioneiro da aviação brasileiro foi também um dos primeiros entusiastas da criação na área das Cataratas de uma área protegida na região

Rafael Ferreira ·
28 de abril de 2016 · 9 anos atrás
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Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
Monumento à Santos Dumont no Parque Nacional do Iguaçu. Foto: Juliano Almeida
Monumento à Santos Dumont no Parque Nacional do Iguaçu. Foto: Juliano Almeida

No fim deste abril de 2016, completam-se 100 anos do pedido de Alberto Santos Dumont ao governo brasileiro, para que as terras em torno da Cataratas do Iguaçu fossem desapropriadas de, então, um único proprietário e transformadas em uma área de utilidade pública. O pedido ocorreu após o retorno de Santos Dumont de uma viagem à região.

O ambientalista Mario Mantovani e o jornalista Aldem Bourscheit, ex-editor de ((o))eco, escreveram um belo artigo que relembra o episódio, publicado no jornal Gazeta do Povo, de Curitiba:

Para alcançar as Cataratas, espetáculo natural hoje apreciado por 1,5 milhão de turistas ao ano, Santos Dumont enfrentou o lombo de um cavalo por quatro horas. Dependurado em uma árvore sobre o aguaceiro, não entendeu como as terras que abrigam aquele cenário pertenciam na época a uma única pessoa, o uruguaio Jesus Val. Sempre na vanguarda, Santos Dumont logo percebeu que áreas deveriam ser protegidas para o bem comum, como um patrimônio de brasileiros de todas as gerações.

Determinado a defender as colossais quedas, o aviador partiu para nova jornada, rumo a Curitiba. À época sem estradas ou ferrovias entre as duas cidades, os cavalos entraram novamente em cena. A chamada “Cavalgada Patriótica” exigiu seis dias para se vencer 300 quilômetros até Guarapuava, sempre vizinhando uma linha de telégrafo. Dali, ele seguiu de carro até Ponta Grossa e, depois, alcançou a capital a bordo de um trem.

Com influência e reconhecimento internacionais, Santos Dumont levou ao então presidente do estado do Paraná, Afonso Camargo, o pedido expresso para que as terras que abrigam as Cataratas fossem desapropriadas e declaradas como de utilidade pública. Isso aconteceu em julho de 1916. Duas décadas depois, o governo federal criou o Parque Nacional do Iguaçu. Uma estátua do pioneiro foi lá inaugurada em 1979, próxima ao local que ele havia visitado 63 anos antes.

 

Leia o artigo original completo no Gazeta do Povo

 

 

 

 

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Comentários 2

  1. Crisomar Lobato diz:

    Pioneiro e corajoso. Todas as UCs do Brasil deveriam ter homenagens aos que trabalharam para suas criações e em especial homenagens aos heróis desconhecidos que lutaram a vida toda pelas Unidades de Conservação no Brasil.


  2. F.Raeder diz:

    Justa homenagem a Santos Dumont.