O Greenpeace foi nos maiores centros de comercialização de legumes e verduras da cidade de São Paulo e de Brasília para avaliar como anda a alimentação do brasileiro. A análise, feito pelo Laboratório de Resíduos de Pesticidas do Instituto Biológico de São Paulo, mostrou o que qualquer um que acompanha os testes feitos pela Anvisa já sabem: as verduras e frutas na mesa do brasileiro contêm resíduos de agrotóxicos acima do limite máximo permitido e uso de pesticidas vetados pela legislação.
Foram analisadas 50 amostras de mamão formosa, tomate, couve, pimentão-verde, laranja-pera, banana-prata, banana-nanica, café, arroz integral, arroz branco, feijão preto e feijão carioca. Desse total, 60% continham resíduos de agrotóxicos e 36% apresentaram algum tipo de irregularidade, como agrotóxicos banidos do país, proibidos para a cultura específica ou acima do Limite Máximo de Resíduos permitido (LMR).
Das 23 substâncias diferentes encontradas, 10 estão proibidas em pelo menos uma dessas quatro regiões: Austrália, Canadá, Estados Unidos e Europa.
A avaliação faz parte de um dossiê lançado nesta terça-feira (31) pela ONG chamado “ Segura este abacaxi”, que traz uma análise da agricultura brasileira. Segundo a ONG, um modelo de agricultura baseado em agroecologia “pode aumentar a produtividade agrícola e a segurança alimentar; melhorar a renda de agricultores familiares; e conter e inverter a tendência de perda de biodiversidade e outros impactos gerados pela agricultura industrial”.
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