O senador Blairo Maggi se filiou na tarde desta quarta-feira (11) ao Partido Progressista (PP), num movimento que o deixa mais próximo de assumir o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) caso a presidente Dilma seja afastada. Nas negociações em torno dos cargos, o PMDB, que domina o MAPA desde o começo do governo Dilma, abriu mão da pasta em prol do PP.
O mesmo movimento de troca de partido para assumir cargos no executivo foi feito pela ainda ministra Kátia Abreu, que saiu do PSD para o PMDB para assumir o MAPA.
Do ponto de vistas de mudanças na postura do ministério, não haverá grandes reviravoltas, já que a Agricultura sempre foi comandada por ruralistas.
Assim como a atual ocupante do cargo, Blairo Maggi é um político controverso, visto como inimigo pelos ambientalistas. Apelidado de “estuprador de florestas” e ganhador do prêmio Motosserra de ouro em 2005, o ex- governador do Mato Grosso tentou melhorar sua imagem ao adotar uma série de medidas para conter o desmatamento em seu estado, entre elas a moratória da soja e da carne. No entanto, como parlamentar, continuou a defender a expansão do agronegócio e a flexibilização da legislação ambiental.
Recentemente, Blairo foi o relator em duas propostas polêmicas: o projeto de lei do senador Romero Jucá, que acelera a liberação de licenças ambientais para grandes empreendimentos de infraestrutura, e a Proposta de Emenda à Constituição que acaba com o licenciamento ambiental no país. Ambas ganharam pareceres favoráveis para continuar a tramitação: o senador afirmou que os projetos traziam segurança jurídica ao setor econômico.
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O loteamento de cargos públicos para atendimento a interesses setoriais é consequência da gestão por loteamento de cargos que o regime atual praticamente impõe ao gestores públicos. É equivocada a ideia de que um cargo importante como o do MAPA tenha a sua frente um representante radicalizado do setor. Este fará de tudo para impor suas posições, mesmo que dissonantes do que represente o interesse público. Assim, a avaliação rasa de que esses posições são apenas feudos para atendimento de interesses próprios precisa mudar urgentemente. Mas isso só poderá acontecer com uma reestruturação da forma com a qual a política partidária é hoje trabalhada. O Brasil é refém de setores que exacerbaram na imposição de seus interesses, atacando governos frágeis e sem personalidade nem lideranças para medir até onde cada um pode ir sem destruir o jardim do vizinho. Ruim a indicação pelo recorrente mau currículo do indicado. Continuando essa prática, de uma forma ou outra estaremos perdendo espaço para uma agenda de desenvolvimento saudável e abrindo cada vez mais um buraco de passivos construídos a partir de vantagens indevidas que hoje são a cara de nosso País.
Comentário onírico
Normal um cara do agri-business no MAPA. Queriam quem, um instrutor de moto-escola? Quanto auê por nada!!!
Agora sim!
Por enquanto mais do mesmo. Só esperemos que não fique ainda pior do que já está.
http://www.washingtonnovaes.com.br/secao/artigos/…
http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/770/entrevi…