A civilização ocidental escolheu o dia 2 de novembro para relembrar seus mortos. A tradição é anterior a Idade Média, mas a fixação da data ocorreu no século XI, imposta pela Igreja Católica. Todos os anos, milhares de pessoas vão aos cemitérios entregarem flores para os seus.
Criado com a missão de ser a voz de quem não tem voz, ((o))eco apresenta neste dia dos mortos algumas espécies da Fauna que já não existem mais. Ao contrário dos humanos, em que a vida individual é considerada sagrada, quando se trata de animais o que é considerado grave é a extinção de toda uma espécie, normalmente por pressão da caça e da extinção de seu habitat. Nesse dia dos mortos, homenageamos estes:
Corujinha caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum)
![Corujinha caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum). Foto: Wikipédia.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/oeco-migration/images/corujinha.jpg?resize=462%2C260)
A corujinha caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum) está extinta na natureza. A espécie é endêmica da Mata Atlântica nordestina. Segundo os pesquisadores, há anos não ocorrem registros oficiais de visualização da corujinha na natureza. O último registro foi feito há 24 anos.
A espécie vivia em uma faixa de Mata Atlântica ao norte do Rio São Francisco que abrange áreas de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Conhecida pelo sugestivo nome de Centro de Endemismo Pernambucano (CPE), trata-se de uma faixa onde ocorrem centenas de espécies endêmicas — que só são encontradas ali. De acordo com estimativas, o CPE possui 434 espécies, sendo 26 aves endêmicas da região.
Perereca (Phrynomedusa fimbriata)
![Phrynomedusa fimbriata. Foto: ResearchGate.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Phrynomedusa-fimbriata.jpg?resize=640%2C735)
Endêmica do Brasil, a Phrynomedusa fimbriata foi coletada pela primeira vez em 1896 no Alto da Serra de Paranapiacaba, no município de Santo André, no estado de São Paulo. Descrita 27 anos depois, a espécie não foi mais encontrada após isso. Por essas razões, Phrynomedusa fimbriata está na lista vermelha da fauna brasileira ameaçada de extinção avaliada como Extinta (EX).
Maçarico-esquimó (Numenius borealis)
![Maçarico-esquimó (Numenius borealis). Foto: Wikipédia.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Numenius_borealis_Harvard_University-1024x852.jpg?resize=640%2C533)
Maçarico-esquimó foi abundante até o século XIX. A caça e a destruição das pradarias norte-americanas e dos Pampas na América do Sul reduziram a população da espécie, que já não é vista desde 1992 e por isso, a espécie é considerada extinta.
Segundo o Wikiaves, esta ave alimentava-se de pequenos invertebrados que capturavam na lama e no sedimento dos estuários e corpos d´água das áreas que utilizavam durante o período de migração.
Arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus)
![Arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus). Foto: Wikipédia.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Anodorhynchus-glaucus.jpg?resize=400%2C545)
A arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus) não é vista a mais de 80 anos e não se tem notícias de existam espécimes em cativeiro, e por isso é considerada extinta. Encontrada nas bacias dos rios Paraná e Uruguai, na Argentina, Paraguai, Uruguai e sul do Brasil, era parente da arara-azul-grande e da arara-azul-de-lear. A arara-azul-pequena é a menor representante do gênero Anodorhynchus com 69 centímetros de comprimento
Peito-vermelho-grande (Sturnella defilippii)
![Peito-vermelho-grande (Sturnella defilippii). Foto: wikipédia.](https://i0.wp.com/www.oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Sturnella-defilippii-1024x653.jpeg?resize=640%2C408)
Peito-vermelho-grande é uma ave da ordem dos Passeriformes da família Icteridae. Há mais de 100 anos, a espécie era amplamente distribuída no leste da Argentina e Uruguai e no Brasil. Os últimos registros no território nacional ocorreram há mais de 70 anos no Rio Grande do Sul, de modo que ela é considerada extinta no Brasil.
Leia Também
Até 2020, 67% das espécies de vertebrados poderá deixar de existir
Leia também
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2017/03/onça.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Até 2020, 67% das espécies de vertebrados poderá deixar de existir
As pressões decorrentes de práticas não sustentáveis, como a agricultura, a pesca e a mineração contribuem para a degradação do meio ambiente terrestre e aquático →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/oeco-migration//images/stories/jul2013/5_White-lipped-Peccary_Tayassu-pecari_AnaLuzia-deSouzaTeixeiraCunha.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
IUCN atualiza lista de espécies ameaçadas de extinção
Na relação, a queixada, um porco-do-mato encontrado desde o México até o Sul do Brasil, passou a ser classificada como Vulnerável. →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2014/01/iucn.jpg?fit=640%2C640&ssl=1)
Entenda a classificação da Lista Vermelha da IUCN
Ela classifica o status de conservação das espécies. Na sua última versão, catalogou 63.837 espécies em 9 categorias de risco →
Alguns de muitos!
Alerto para o nome errado da Ararinha em parenteses.
Abraço