Com o objetivo de conhecer melhor o status de conservação de um dos maiores peixes ósseos do mundo, o Projeto Meros do Brasil anunciou, na última terça-feira (28), uma iniciativa internacional de preservação da espécie: a “Rede de Conservação Meros do Atlântico”. O lançamento foi realizado dentro da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que acontece em Portugal entre 27 de junho e 1º de julho.
O peixe mero (Epinephelus itajara) é classificado como Criticamente Ameaçado no Brasil e, mundialmente, como Vulnerável. Porém, a espécie ainda precisa ser melhor estudada, diz Maíra Borgonha, gerente geral do Projeto Meros do Brasil. “Há ainda muitas lacunas de conhecimento sobre o mero em vários locais e inclusive áreas que apontam para seu completo desaparecimento”, diz.
A Rede do Atlântico, segundo seus organizadores, visa integrar conhecimento de governos, pescadores e sociedade civil de países com situações distintas quanto às medidas de conservação da espécie e dos habitats marinhos costeiros.
Fazem parte da iniciativa organizações e instituições do Panamá, Colômbia, México, São Tomé e Príncipe, Estados Unidos e Brasil.
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