Brasília – Em reunião, nesta quarta, na Câmara dos Deputados, o relator da Comissão especial do Código Florestal Brasileiro, Aldo Rebelo, definiu prazo para apresentação da primeira versão do relatório oficial. O deputado do PCdoB de São Paulo estipulou a data de primeiro de junho para apresentar à comissão os pareceres sobre o debate, que já dura nove meses.
O deputado definiu o que viu como um “povo sofrido, sustentáculo da vida econômica e cultural, e da memória nacional, que ainda vive em atividade pré-capitalista”. Povo aliás que depende de igual modo da preservação dos mananciais e das matas nativas do país protegidas pelo Código Florestal que pode evaporar nas mãos de Rebelo.
De acordo com o relator, foram coletados 773 depoimentos, incluindo a população rural, personalidades, instituições governamentais e não-governamentais. Por conta desse grande “esforço” é que o deputado não conseguirá entregar o relatório antes da data prevista, o que desagradou a outros membros da comissão, que requisitaram agilidade na apresentação.
O primeiro vice-presidente da comissão, deputado Anselmo de Jesus (PT/RO), afirmou que “o povo lá fora tem urgência”, para, logo em seguida, completar com uma justificativa mais convincente, a de que “é ano eleitoral e daqui a pouco ninguém vota mais nada nessa Casa”.
Em comentário ao requerimento do deputado Sarney Filho, que pede a convocação da atriz e ativista Cristiani Torloni, o deputado Paulo Bial, sarcástico, reivindicou também a presença da modelo Gisele Bündchen e provocou risos no plenário. (Nathalia Clark)
Leia também
STF inicia novo julgamento do Marco Temporal
Primeiro dia de votação no Supremo foi marcado por mobilização nacional do movimento indígena; Ações questionam a constitucionalidade da lei do marco, aprovada em 2023 →
Coiab reage à aprovação da PEC do Marco Temporal e alerta para retrocesso constitucional
Aprovada às pressas, a PEC 48/2023 reacende disputa sobre direitos territoriais e ameaça a proteção socioambiental garantida pela Constituição →
Decisão do Congresso sobre licenciamento amplia litígios e riscos ambientais, dizem procuradores
Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público Federal (Abrampa) diz que lei do licenciamento é o maior ataque à política ambiental do país →




