Recife – Os debates sobre a lei que suprime 691,31 hectares de mangue, mata atlântica e área de restinga em Suape, na Região Metropolitana do Recife, ainda estão em andamento e um novo projeto pede autorização de novo desmatamento de área de preservação permanente.
Desta vez são 7,44 ha de mata atlântica localizada nas margens do Rio Sirinhaém. O motivo para a supressão de natureza é a formação do reservatório que será utilizado pela Pequena Central Hidrelétrica Pedra Furada. O projeto tem autorização da agência de meio ambiente estadual, a CPRH, e prevê a compensação em área de 7,45 ha destituída de vegetação.
O autor do projeto, deputado Augusto Coutinho (DEM), liderou na Assembleia Legislativa o grupo de parlamentares que pediam a revisão do desmatamento em Suape. “São coisas diferentes: energia é fundamental para geração de riqueza e temos que conciliar isso com a natureza – eu, por exemplo, sou favorável a Usina de Belo Monte”, reforça.
Augusto Coutinho detalha que no projeto para Usina da Pedra Furada haverá compensação de área de igual dimensão, acrescida de 20 ha de mata ciliar nas margens do Rio Sirinhaém.
Antes de propor o fim de 7,44 ha de mata ciliar no Rio Sirinhaém, o deputado apresentou um projeto criando o Dia do Rio Capibaribe. No texto, pede a “reflexão, união e conscientização acerca da preservação e proteção dos nossos recursos naturais”.
Quem quiser conhecer o texto do projeto de lei, clique aqui.
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Unidos pelo Mangue – sobre desmatamento para construção de estaleiro no Porto de Suape
(Celso Calheiros)
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