![]() |
Idealizado para retirar os pinus exóticos de 13% de uma propriedade encravada na Serra do Mar, contínuo florestal mais bem preservado de toda a Mata Atlântica, o Projeto Serra Nativa fica dentro de uma propriedade que conseguiu, ao longo das décadas, manter a maior parte de sua cobertura vegetal intacta. Na BR 277, que liga Curitiba ao litoral paranaense, na pista de quem volta para a capital, há uma entrada quase escondida que leva para o início de uma caminhada de aproximadamente uma hora, com destino certo: o Salto Fortuna.
Após o portão que se abriu no município de Morretes, entrei, junto com Carolina Ribeiro, Rodrigo Ribeiro (ambos da Norske Skog Pisa, proprietária da Fazenda Arraial) e um casal de amigos simpático e esportista, na área que está cedida em comodato ao Parque Estadual do Pau Oco. Iniciamos a trilha por volta de 10h da manhã, acompanhados por dois cachorros corajosos que moram junto ao rapaz responsável por receber e orientar os turistas.
Considerada de leve para média dificuldade, a trilha começa a ficar mais instigante a partir do momento em que se chega à travessia do primeiro rio. Corda amarrada em duas árvores, em cada uma das margens, a água na cintura não chega a assustar, mas garante doses extras de adrenalina em função da correnteza. Trajeto vencido, é hora de torcer para que os cachorros consigam vencer o desafio. Se um desiste antes de começar e ruma de volta para casa, o segundo é corajoso o suficiente para, em poucos segundos, se aventurar no meio das pedras e logo passar o nosso grupo.
O segundo rio é mais fácil e todos passam sem grande dificuldade, embora o cuidado deva ser redobrado para não molhar os equipamentos eletrônicos. Entre conversas sobre a bela vegetação local e as araucárias imponentes na paisagem, ouvem-se os primeiros barulhos da queda d’água de 50 metros. Se a expectativa é grande para chegar até a cachoeira, ponto mais nobre da Fazenda Arraial, a realidade se mostra ainda melhor: a potência impressiona, e o spray de água chega longe.
![](/wp-content/uploads/oeco-migration//images/stories/abr2011/meu%20passeio%202(1).jpg)
Leia também
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Oeco2_sinalizacao-da-TESP.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Transespinhaço: a trilha que está nascendo na única cordilheira do Brasil
Durante 50 dias e 740 quilômetros a pé, testei os caminhos da Transespinhaço em Minas Gerais, de olho nos desafios e oportunidades para esta jovem trilha de longo curso →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Screenshot-2024-07-15-at-18.27.44-664x497-1.png?resize=600%2C400&ssl=1)
Indústria da carne age para distrair, atrasar e inviabilizar ação climática, diz relatório
Trabalho de organização europeia analisou 22 das maiores empresas de carne e laticínios em quatro continentes →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Oeco2_Amazon_rainforest_Satellite_picture_-_3.jpg?resize=600%2C400&ssl=1)
Amazônia é mais destruída pelo consumo nacional do que pelas exportações
Consumo e economias das grandes cidades do centro-sul são o principal acelerador do desmatamento da floresta equatorial →