
Clique para ampliar |
Uma equipe de cientistas que obteve núcleos de sedimentos depositados fora da costa da Antártica publicou um trabalho que conclui que, durante o Eoceno (53 milhões de anos atrás), as temperaturas durante o inverno estavam acima de 10°C e no verão superavam os 20°C.
Esse clima ameno possibilitava que palmeiras, faias e araucárias crescessem no continente. Ele foi consequência de concentrações de CO2 atmosférico da ordem de 600 ppm (partes por milhão). As emissões atuais resultantes do desmatamento, agricultura e queima de combustíveis fósseis já nos fizeram a atingir 390 ppm.
Segundo David Bendle, um dos cientistas que realizou a pesquisa, a conclusão do estudo é “quanto mais informações obtemos, mais parece que os modelos que estamos usando não superestimam a mudança [climática] ao longo dos próximos séculos, e que eles podem estar subestimando-a. Essa é a mensagem essencial”.
![]() |
Leia também

Obrigação de pagar por reparação de dano ambiental não prescreve, determina STF
Decisão de repercussão geral entende que não há prazo de validade para que infratores condenados por crimes ambientais paguem pela reparação de danos ao meio ambiente →

Povos afrodescendentes lançam declaração em defesa de maior espaço nas discussões da COP30
Representantes de 16 países lançaram o documento durante o evento sobre o tema em Brasília. Temas como inclusão e justiça climática são centrais na carta →

Os Crocodilos Perdidos da Amazônia
Os jacarés que hoje vivem na Amazônia são os sobreviventes de um mundo de monstros e gigantes →