A moratória da soja foi renovada nesta terça-feira (25) pra sétima vez. Os resultados do 7ª ano de moratória (quer dizer proibição) à comercialização de soja produzida em áreas desmatadas na Amazônia foram divulgados em Coletiva de Imprensa no Ministério do Meio Ambiente. Apesar disso, a área desmatada para a plantação de soja cresceu 61% em 2013 e chegou a 47.028 hectares, contra 29.295 hectares registrados em 2012
Houve áreas desmatadas identificadas em 73 municípios de Mato Grosso, do Pará e de Rondônia, que respondem por 98% da soja plantada no bioma da Amazônia.
Para a Ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, a alta do preço da soja contribuiu para o descumprimento do acordo: “Alguns produtores resolveram apostar em descumprir a lei”, disse ela.
De acordo com a ministra, a área total do desmatamento para a plantação de soja é muito pequena: corresponde a apenas 4,6% do desmate ocorrido no período nos 73 municípios produtores e a 0,9% da área desmatada no bioma Amazônia como um todo. Além disso, a taxa de desmatamento desses municípios caiu 5 vezes após a implantação da moratória.
Renovação
A renovação da moratória da soja até maio de 2016 foi assinada por Carlo Lovatelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove); por Sérgio Mendes, diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec); Paulo Adário, estrategista de Florestas do Greenpeace e representante da sociedade civil na moratória; e pela ministra Izabella Teixeira.
O acordo deverá ser substituído por um novo mecanismo de controle, dentro do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural, que entrou em vigor em maio desse ano e só deve ser devidamente implementado em 2016, quando expira o prazo legal para que isso ocorra.
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