O COVID-19 desacelerou o mundo e, com isso, em diversas cidades e países os níveis de poluição atmosférica baixaram. Em Belo Horizonte, a história se repete. É o que afirma a análise feita pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), que analisou dados de cinco estações de monitoramento da qualidade do ar em três cidades da Região Metropolitana. De acordo com os dados colhidos pela Feam, entre 20 de março e 20 de abril deste ano, houve uma redução de até 45% na poluição atmosférica comparado com o mesmo período em 2019.
As estações analisadas estão localizadas em três cidades, na capital mineira, Betim e Ibirité, todas dentro da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O estudo levou em consideração a análise dos poluentes dióxido de enxofre e material particulado captado pelas estações, indicadores da qualidade do ar. De acordo com Gerência de Monitoramento da Qualidade do Ar e Emissões (Gesar), da Feam, a “paralisação, restrição, suspensão e redução de algumas atividades, com destaque para as atividades industriais e a circulação de veículos, contribuiu diretamente para a redução das emissões atmosféricas”.
Em Belo Horizonte, o perfil da poluição aponta para a predominância das vias de tráfego como principal grupo das fontes emissoras, assim como em Ibirité. Em Betim os níveis de emissão são fortemente influenciados pela atividade industrial como principal atividade poluidora.
Em ambos os cenários foram verificadas reduções consideráveis no chamado material particulado, conjunto de poluentes constituído de poeira, fumaça e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém em suspensão por conta do pequeno tamanho, e também do dióxido de enxofre, que resulta da queima de combustíveis que contém enxofre, como óleo diesel, óleo combustível industrial e gasolina.
Para acessar a análise dos dados na íntegra clique aqui.
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