A Garça-branca

A garça-branca (Egretta thula) já foi típica dos manguezais e lagoas do Rio de Janeiro. Mas, como os manguezais e lagoas estão deixando de ser...

28 de janeiro de 2005

Davos

A elite mundial não tem dado respostas adequadas aos principais riscos globais do momento. Esta foi a conclusão de uma das mesas do segundo dia do Fórum Econômico Mundial em Davos. No debate foi apresentado o resultado de uma pesquisa da corretora Merril Lynch para o Fórum, com 60 líderes empresariais do mundo, da qual saiu a lista com os dez principais riscos contemporâneos para os negócios e o equilíbrio global: instabilidade no Iraque, terrorismo, crises fiscais, desestabilização da oferta de petróleo, radicalismo islâmico, redução súbita do crescimento na China, epidemias de doenças infecto-contagiosas, mudanças no clima, armas de destruição em massa e tensões resultantes da imigração descontrolada. A boa notícia é que a elite econômica mundial já reconhece as mudanças climáticas como fator relevante de risco econômico e ambiental.John Holden, especialista em meio ambiente que participou desse painel, alertou que estudos recentes mostram que o aquecimento global pode ser ainda mais intenso do que as conclusões já alarmantes até agora conhecidas. Segundo Holden, o aquecimento afetará a agricultura, aumentará a proliferação de germes que causam doenças e a ocorrência e intensidade de enchentes e secas, com riscos imprevisíveis. Ele afirma que as mudanças de atitude das empresas podem ajudar a mudar a posição do governo Bush em relação ao meio ambiente.

Por Sérgio Abranches
27 de janeiro de 2005

Angra III

O presidente Lula vetou o artigo do Orçamento da União de 2005 que deixava de fora investimentos em Angra III e abriu caminho para que a obra seja retomada em breve. O Globo (gratuito) apurou que a obra estava na lista de irregulares por não ter licença ambiental. Segundo fontes do governo, Lula tomou a decisão influenciado pelos apagões que andam acontecendo no país. Ontem, parte do Rio Grande Norte e da Paraíba ficou sem luz.

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005

Futuro: 11 graus mais quente

Um estudo envolvendo 95 mil pessoas em 150 países constatou que a emissão de gases relacionados ao efeito estufa na atmosfera pode elevar a temperatura da terra em 11 graus Celsius. Essa previsão é extrema, mas um aumento de apenas 5 graus já será capaz de provocar uma perigosa revolução climática. O maior estudo internacional sobre o tema ainda está em andamento, mas os primeiros resultados foram publicados na revista científica Nature e resumidos em português pelo O Globo.

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005

Presidente Tony Blair

O primeiro-ministro britânico Tony Blair é o atual presidente do G-8, grupo dos países mais ricos do mundo, e quer fazer do combate ao aquecimento global uma das marcas de seu mandato. Ao discursar no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, cutucou a recusa dos Estados Unidos a assinarem o Protocolo de Kyoto e disse que o G-8 está disposto a negociar com os países emergentes saídas para a crise climática. Países como Brasil, Índia e China se recusam a dividir com os países industrializados a conta da poluição atmosférica. A notícia está noValor (só para assinantes).

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005

Chantagem

Lobistas contratados pela indústria de petróleo americana estão pressionando os britânicos a pararem de alertar sobre as mudanças climáticas e de pregar o corte das emissões de gases causadores do efeito estufa. A denúncia foi feita pelo Presidente da Royal Society, que escreveu um artigo para o The Guardian (gratuito).

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005

Interferência

Depois de 26 anos, a prefeitura de Nova York concordou em exibir no Central Park a instalação “The Gates: Central Park, New York, 1979-2005”, que significará espalhar 7.500 estruturas de 6 metros de altura feitas de vinil, nylon e aço por 38,4 quilômetros de trilhas do parque. O projeto é assinado pelos artistas plásticos Christo Jeanne-Claude, os mesmos que empacotaram o parlamento alemão e a Pont-Neuf, em Paris. Segundo o Globo, o casal arcou com todo o custo da obra e ainda vai doar US$ 3 milhões para o Departamento de Parques de Nova York. A instalação ficará no Central Park de 12 a 27 de fevereiro.

Por Carolina Elia
27 de janeiro de 2005

Camarão detido

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e o secretário da Aqüicultura e Pesca, José Fritsch, passaram a tarde reunidos para discutir a proibição da venda de camarões, ostras, mexilhões e peixes cultivados em Santa Catarina. Ontem uma portaria proibiu a comercialização desses produtos para fora do estado por tempo indefinido, devido à doença da mancha branca, um vírus fatal que afetou 16 tanques de camarões na região de Laguna. A decisão da reunião foi liberar a venda de todas as espécies, exceto o camarão. A princípio as autoridades descartam a necessidade de fiscalizar os cultivos de outros estados, mas ainda não têm explicações para a causa ou a origem do vírus.

Por Lorenzo Aldé
26 de janeiro de 2005

Lastro Ambiental

Brasil e Espanha são os primeiros países a assinar um acordo internacional para controlar as águas de lastro e os sedimentos transportados por navios comerciais. Ao partir de um porto, as embarcações enchem os porões de água do mar para ter estabilidade durante a viagem, e a despejam no oceano quando chegam a seus destinos. Com isso, inserem espécies exógenas em ecossistemas que podem ser prejudicados pela presença do novo habitante. Esse tipo de contaminação tornou-se a terceira maior ameaça à vida marinha. O acordo só poderá entrar em vigor se for ratificado por pelo menos 30 países.

Por Carolina Elia
26 de janeiro de 2005

Audiência relâmpago

A audiência pública em Belo Horizonte sobre a Transposição do Rio São Francisco foi declarada oficialmente aberta e encerrada logo em seguida por causa da pressão exercida por manifestantes contrários à obra. Dentro da sala, eles realizaram o enterro simbólico do ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, e da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O governo de Minas Gerais é contrário à transposição do rio porque o Estudo de Impacto Ambiental não incluiu as conseqüências para o estado, que contribuiu com mais de 70% da água do rio. A audiência foi realizada no fim da tarde do dia 25 de janeiro, logo depois que o Supremo Tribunal Federal cassou, a pedido do Ibama, a liminar concedida à Procuradoria do Estado de Minas Gerais que impedia a reunião. O Ibama só decidirá se realizará outra audiência em Minas depois que todas as outras forem realizadas.Amanhã  haverá uam em Salvador.

Por Carolina Elia
26 de janeiro de 2005