O melhor de 2004
A redação olhou para os cinco meses de vida de O Eco neste final de ano e selecionou as melhores reportagens e colunas publicadas. Vale à pena ler de novo. →
A redação olhou para os cinco meses de vida de O Eco neste final de ano e selecionou as melhores reportagens e colunas publicadas. Vale à pena ler de novo. →
No iníco de outubro, decidindo sobre ação iniciada pelo Ministério Público para retirar cerca de 400 famílias que ocuparam irregularmente as margens do Rio Piabanha, em Petrópolis, Estado do Rio, o juiz Ronald Pietre decidiu que seria cruel a retirada dos invasores. Não se sensibilizou nem com os argumentos de que a medida visava protegê-los, já que moram em área de altíssimo risco. Agora foi a vez da natureza dar a sua sentença. As recentes chuvas que caíram sobre a cidade deixaram as casas construídas irregularmente debaixo d’água. Definitivamente, ela preferia que os invasores não estivessem nas margens do Piabanha. →
Como vem acontecendo com a regulamentação ambiental americana todos os anos desde que George Bush foi eleito, ela sofreu nova modificação às vésperas do Natal e do Ano Novo. Não é para dar um presente ao país, mas para evitar resistências políticas a mudanças que em geral relaxam as restrições à atividades econômicas dentro de áreas protegidas. Agora, a Casa Branca relaxou as regras de exploração econômica em Parques e Florestas Nacionais, informa o The New York Times (gratuito, pede cadastro). Descentralizou a gestão do sistema em favor da direção de cada unidade e reduziu as regras que precisam ser seguidas para a exploração destes recursos naturais. →
O The New York Times (gratuito, pede cadastro) obteve documentos internos da Newmont, maior mineradora de ouro do mundo, que comprovam que os executivos da companhia tinham em 2001 conhecimento de que estavam soltando toneladas de vapor de mercúrio no ar em uma de suas minas na Indonésia. Fecharam-se em copas e não fizeram nada. Devem estar arrependidos. A empresa será alvo de ações judiciais do governo indonésio e virou o principal saco de pancada dos ambientalistas neste final de ano. →
Depois da audiência pública que apresentou à população de Altamira, no Pará, os planos para a criação de unidades de conservação na Terra do Meio, zona do estado que está sendo devastada pelo desmatamento e pela grilagem de terras, representantes de pecuaristas procuraram o pessoal do Ibama. Disseram-se descontentes com a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Verde para Sempre, criada pelo governo federal em novembro. Pediram que a medida fosse revista. →
Até domingo, dia 19, quando o assunto saiu no The New Scientist, era uma história sobre extrema solidão na qual ninguém acreditava. Sua popularidade restringia-se ao blogs e foruns da Internet, onde era tratada como inverossímel. Dois dias depois, apareceu na capa do The New York Times. A tristíssima saga da baleia de espécie desconhecida que há pelo menos 12 anos navega em vão pelos oceanos emitindo sons precisos e monótonos em busca de um companheiro é a mais pura verdade. Chamam-na de 52 hertz e nunca foi vista. Cientistas americanos ouviram o bicho pela primeira vez em 1992 e não o deixaram mais sair de perto de suas orelhas. Usando equipamento de vigilância anti-submarino com microfones e sonares, vêm rastreando o movimento do animal nos mares desde então e a única coisa que têm certeza é ele continua sozinho. O canto da baleia está gravado e pode ser ouvido no site da National Ocean and Atmosphere Administration, órgão do governo dos Estados Unidos. →
A Grã-Bretanha, informa o Guardian, rejeitou plano para declarar grandes áreas de exclusão para navios pesqueiros nos mares do Norte e da Irlanda. A Comissão Européia acha a medida fundamental para repovoar os estoques de bacalhau. Os ingleses dizem que as estatísticas usadas pelos membros da Comissão estão erradas e que não há causa para tanto alarme. →
Nos Andes peruanos, no Monte Kilimanjaro e nos campos da Grã-Bretanha cientistas encontraram evidências de uma catástrofe climática de proporção global ocorrida há mais de cinco mil anos. Foi provocada por variação brusca, de curta duração, na radiação solar. É nessa época que o Saara deixa de ser um campo natural de pastagem e vira deserto. No Guardian, um dos cientistas descreve as conseqüências do fenômeno como monumentais. →
Os reflexos dos espelhos d’água da Amazônia parecem pintura. Essas obras da natureza estão registradas pelas lentes do fotógrafo Andreas Valentin. →