Minas na Amazônia

A companhia Vale do Rio Doce ganhou uma concorrência internacional para explorar Bauxita na região de Pitinga, na Amazônia. As minas ficam a 250 quilômetros de Manaus e o potencial das reservas não foi divulgado. A empresa quer instalar um novo complexo de alumínio na região. A notícia está no Valor ( só para assinantes).

Por Carolina Elia
17 de novembro de 2004

PV e a Máfia do combustível

Alessandro Calazans, do Partido Verde, pode estar envolvido com a Máfia do Combustível . Uma testemunha-chave do caso o acusou de extorsão. O deputado foi acusado do mesmo crime ao presidir a CPI da Loterj. Ele teria exigido dinheiro do empresário Carlinhos Cachoeira. A história está no Globo (gratuito).

Por Carolina Elia
17 de novembro de 2004

Diferencial

Segundo O Valor ( só para assinantes) , gestores ambientais ganham cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Principalmente quando são bem formados. Um estudo da Câmara Brasil-Alemanha revelou que investimentos em tecnologias ambientais no país já ultrapassam US$ 3 bilhões, e que os gastos nessa área devem ter uma expansão anual acima de 5%.

Por Carolina Elia
17 de novembro de 2004

Democratas enfrentam Bush

Grupos verdes e democratas já mandaram mais de 1,7 milhão de comentários, durante os debates públicos sobre a nova política de uso de terras federais, proposta pelo governo Bush. Eles pretendem impedir a passagem da medida, que permite maior controle pelos governadores sobre 60 milhões de acres. Se passar, os estados poderão reduzir as restrições à construção de estradas, extração de madeira e minerais nessas terras. Será uma reversão das políticas implementadas por Clinton, em 2001.

Por Eduardo Pegurier
17 de novembro de 2004

A energia do futuro

A BBC News (gratuito) publicou a opinião de vários especialistas sobre a necessidade de geração de energia nas próximas décadas. Eis algumas das previsões feitas. Até 2030, serão necessários US$16 trilhões de investimento, metade nos países em desenvolvimento, para satisfazer o aumento da demanda, estimado em 60%. Os técnicos da União Européia acreditam que, em 2040, metade da energia produzida pode ser gerada com fontes renováveis, como eólica, solar, geotérmica, entre outras. A energia nuclear será cada vez mais importante, como forma de evitar o aquecimento global. E os carros, pela mesma razão, serão movidos a hidrogênio. Enfim, o quadro é otimista. A energia do futuro será gerada por fontes mais variadas e renováveis do que hoje. E, desde que os investimentos corretos sejam feitos a tempo, ela não faltará e agredirá cada vez menos o meio ambiente.

Por Eduardo Pegurier
17 de novembro de 2004

Poluição na China

A BBC News reporta os problemas de saúde causados em Tangshan, cidade a 150 km de Pequim, por uma fábrica de coque, um subproduto de carvão mineral usado na produção de aço.  A poluição da fábrica causa problemas pulmonares, de pele e vários cânceres, como a leucemia. Mas a China precisa de aço para continuar seu crescimento acelerado, se tornou um dos grandes consumidores mundiais. A renda ainda baixa dos chineses faz com que a poluição seja vista como um problema menor. Mas não por muito tempo. Os problemas ambientais causados pelo crescimento acelerado do país são igualmente gigantes.

Por Carolina Elia
17 de novembro de 2004

Metanol em Paranaguá

A explosão do navio chileno Vicuña no porto de Paranaguá (PR) pode ter despejado na água 5 milhões de litros de metanol (CH3OH). Por ser altamente volátil e solúvel em água, este álcool é menos poluente do que os derivados de petróleo. Mas os riscos ambientais existem. Se inalado ou ingerido, o metanol pode causar asfixia, náuseas, tonteira, fadiga, convulsão, cegueira e, dependendo da quantidade, até matar. Altas concentrações podem ser fatais para a vida marinha, embora não contaminem a cadeia alimentar. E como desgraça pouca é bobagem, também vazou o óleo combustível do navio, estimado em 1.300 toneladas. Hoje apareceram peixes e um boto mortos nas águas próximas ao acidente. Ainda não se sabe se intoxicados ou vítimas das fortes explosões. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Ibama realizaram um sobrevôo ao local para começar a avaliar os impactos ambientais. Técnicos dessas instituições disseram temer pelas áreas de mangue. A pesca e o banho estão proibidos nas baías de Paranaguá, Antonina e Guaraqueçaba.

Por Lorenzo Aldé
16 de novembro de 2004

Amazônia como fonte de energia

A possibilidade de investir na Amazônia como fonte de matéria-prima para biodiesel e energias renováveis será debatida quarta-feira, 17, em audiência pública na Câmara dos Deputados. A idéia foi proposta pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional. O presidente da Comissão, deputado Júnior Betão (PPS/AC), defende a produção e o uso desse tipo de energia na região amazônica. “Não tenho dúvida de que o biodiesel é a melhor alternativa de inclusão social das populações mais pobres do interior. Se o Governo investir no setor, o Brasil poderá se tornar, em um futuro próximo, fornecedor mundial de biocombustíveis”. A audiência está marcada para as 10h da manhã no Plenário 15.

Por Carolina Elia
16 de novembro de 2004

Surfistas com ensino superior

Universidades em Florianópolis recebem esta semana o pessoal da Aprender, uma entidade ecológica fundada por surfistas que querem conscientizar os praticantes do esporte sobre a importância de preservar o meio ambiente. Professores e especialistas, todos praticantes do surf, dão palestras nas universidades sobre Mata Atlântica, Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), Movimento Ambientalista, ONGs, Surf e Conservação. Na terça-feira, dia 16, o encontro acontece às 19h na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), campus Norte da Ilha. Os próximos estão marcados para quinta-feira, 18. De manhã, será às 9h no Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc), e o último às 18h30 no auditório da FAPEU, na Universidade Federal de Santa Catarina. Quem perder só terá outra chance no ano que vem.

Por Carolina Elia
16 de novembro de 2004

Discussão que tende a briga

A oportunidade de ter, numa mesma mesa, o Ibama e os Ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia discutindo o impacto ambiental da construção de hidrelétricas já seria algo raro e a se acompanhar com atenção. Quando a eles se junta o Ministério Público Federal e o tema em pauta é a situação na região Sul, o encontro torna-se potencialmente explosivo. É que lá está acontecendo o mais grave conflito do país em torno da operação de uma hidrelétrica: a de Barra Grande, no rio Pelotas. Talvez por isso, o “Seminário Inicial de Estudo de Avaliação Ambiental Integrada da Bacia Hidrográfica Rio Uruguai” esteja sendo divulgado às pressas e sem abrir espaço à fala de nenhuma ONG. Convites começaram a chegar aos interessados apenas hoje, dia 16. O encontro está marcado para quinta-feira, 18, em Lages (SC). A realização do seminário é uma exigência do Termo de Compromisso assinado entre o consórcio de empreiteiras BAESA e o Ibama, para compensar o processo fraudulento de obtenção da licença ambiental de Barra Grande e a conseqüente derrubada de 4 mil hectares de Mata Atlântica preservada, cuja decisão está na Justiça. Como nessas horas nada é por acaso, pode-se ler a decisão de promover o evento como um sinal de que o Termo de Compromisso está sendo cumprindo. Como também pode-se ler o atropelo e a pouca transparência com que ele foi planejado como um sinal de que não se pretende lá discutir muita coisa. Até porque a chapa já está fervendo.

Por Lorenzo Aldé
16 de novembro de 2004