O Haiyan, que varreu as Filipinas causando milhares de mortes nos últimos dias, é o mais forte tufão já registrados em mais de 30 anos. Em entrevista ao site Live Science, o especialista em clima tropical da Universidade da Florida, Brian McNoldy, aponta as razões pelas quais o tufão Haiyan ficou tão forte. Basicamente todos os fatores possíveis estavam favoráveis para que isso acontecesse.
Por ter se formado no meio do oceano, nenhuma massa de terra impediu que adquirisse um padrão circular simétrico. A temperatura da água também estava incrivelmente alta, inclusive em camadas mais profundas do oceano, passando dos 30 graus. Por fim, a região apresentava pouco cisalhamento do vento, que é uma rápida variação na direção ou na velocidade do vento, capaz de impedir os tufões de ganharem força.
O Haiyan foi o 11o tufão a se formar no oeste do Pacífico nas últimas sete semanas, e se mostrou tão devastador não só pelos ventos de 250 km/h, mas pela maré de tempestade que chegou a atingir 5 metros em alguns locais. Neste momento o tufão segue em direção ao Vietnam, onde centenas de milhares de pessoas já foram evacuadas para longe do caminho desta terrível tempestade, que deve trazer ainda mais mortes e destruição.
Veja abaixo algumas imagens de satélite que mostram a evolução do tufão Haiyan.
Saiba mais
Como o tufão Haiyan tornou-se a mais forte tempestade do ano (em inglês)
A NASA segue o tufão Haiyan pelo espaço (em inglês)
Leia também
O furacão Sandy visto do espaço
A rota do furacão Isaac vista do espaço
As belas e ameaçadoras espirais dos ciclones tropicais
Leia também
G20 lança até o final do ano edital internacional de pesquisa sobre a Amazônia
Em maio será definido o orçamento; temas incluem mudanças climáticas, risco de desastres, justiça ambiental e conhecimentos indígenas →
O papel do jornalismo na construção de uma nova mentalidade diante da Emergência Climática
Assumir a responsabilidade com a mudança de pensamento significa assumir o potencial do jornalismo em motivar reflexões e ações que impactam a sociedade →
ICMBio tem menos de R$ 0,13 para fiscalizar cada 10.000 m² de áreas protegidas
Acidente com servidores no Amapá escancara quadro de precariedade. Em situação extrema, além do risco de morte, envolvidos tiveram de engolir o próprio vômito →