Newsletter O Eco+ | Edição #180, Janeiro/2024
12 de janeiro de 2023
A greve de analistas e técnicos ambientais federais foi anunciada através de uma carta feita pelos próprios servidores, em busca de respostas por parte do governo federal e do Ministério da Gestão e Inovação. Servidores ambientais federais buscam a reestruturação e valorização da carreira dos especialistas em Meio Ambiente do Ibama e ICMBio. As ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, reuniram-se para debater sobre o retorno das negociações, marcado para o dia 1º de fevereiro, às 15h, dando continuidade ao processo iniciado em outubro.
No Espírito Santo, o chamado de “PL da Destruição”, um projeto de esfacelamento do licenciamento capixaba, enviado pelo governador Renato Casagrande (PSB) à Assembleia Legislativa (Ales), foi aprovada com folga, transformando-se na Lei Complementar (LC) nº 1.073/2023. Publicada no dia 27 de dezembro no Diário Oficial, traz alterações nitidamente destoantes de uma gestão participativa, transparente e tecnicamente responsável.
Por fim, uma boa notícia: uma família de sete bugios retornou à vida na floresta, no Parque Nacional da Tijuca, onde já vivem outros oito bugios-ruivos. A soltura consagra a retomada do esforço, coordenado pelo Refauna, de trazer de volta este primata para a floresta carioca. Historicamente ameaçada pela destruição da Mata Atlântica na costa brasileira, a espécie havia desaparecido das florestas cariocas há mais de um século.
Boa leitura!
Redação ((o))eco
· Destaques ·
Fiscais ambientais cobram ação de governo para reestruturação da carreira
Espírito Santo inicia 2024 liderando ofensiva contra o licenciamento ambiental
Sete bugios são soltos para reforçar população no Parque Nacional da Tijuca
· Conservação no Mundo ·
O retorno do salmão. Décadas atrás, o salmão do Riacho Pescadero, ao longo da costa da Califórnia, foi extinto. Agora, conservacionistas, agricultores e iniciativas financeiras federais se uniram para ajudá-los a retornar. As alterações climáticas estão ligadas ao futuro do salmão em toda a Costa: incêndios florestais, inundações, secas e tempestades extremas contribuíram para o seu declínio. [NPR]
Surpresa Felina. Biólogos do Departamento de Caça e Pesca do Arizona (EUA) dizem que uma onça que apareceu na câmera de trilha de um entusiasta da vida selvagem é até então desconhecida no estado. A onça-pintada (Panthera onca) que apareceu na câmera de trilha do cinegrafista amador Jason Miller tem manchas diferentes de dois outros gatos conhecidos por aparecerem na área, determinaram os biólogos. Ambas as onças são fêmeas. As onças-pintadas estão praticamente extintas nos EUA. Esta é apenas a oitava onça-pintada fotografada no país desde 1996, relata o Arizona Republic. [Wildlife.org]
· Dicas Culturais ·
• Pra ler •
Atlas do agrotóxico | Fundação Heinrich Böll
O atlas faz um raio-x sobre a questão dos agrotóxicos no Brasil. Todos os textos apresentam dados e fatos sobre o uso e o impacto dos agrotóxicos na agricultura e na saúde humana.
• Pra ouvir •
Trabalheira #17: Drones podem reduzir intoxicações por agrotóxicos? | Rádio Batente
Realizada por pequenos aviões, a prática é proibida em países da União Europeia e em alguns estados e municípios brasileiros, justamente por ameaçar a integridade do meio ambiente e a saúde de trabalhadores e comunidades vizinhas às lavouras. Mas será que o uso de drones contribui de fato para reduzir os impactos da pulverização de agrotóxicos?
• Pra assistir •
O Território | Alex Pritz
Dentro do território Uru-eu-wau-wau, no estado de Rondônia, há menos de 200 pessoas para defender mais de 11.000 quilômetros quadrados de floresta tropical. Nas margens do território protegido, um grupo de posseiros se organiza para reivindicar oficialmente um pedaço de terra, enquanto grileiros individuais começam a desmatar trechos de floresta tropical para si mesmos. Com a sobrevivência da comunidade em jogo, Bitaté Uru-eu-wau-wau e Neidinha Bandeira – um jovem líder indígena e sua mentora – devem encontrar novas maneiras de proteger a floresta e a si mesmos.
