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Desmatamento no Paraguai

Na fronteira com Brasil, país tem perda intensa das florestas do Alto Paraná, semelhante à Mata Atlântica. Veja imagens de satélite.

Gustavo Faleiros ·
12 de janeiro de 2010 · 15 anos atrás
Período 1990 -2000                                                 crédito: NASA/ imagens Landsat

crédito mapa: Robert Simmon/NASA
crédito mapa: Robert Simmon/NASA
O mapa produzido acima com dados sobre florestas obtidos com análise de imagens do satélite Landsat pela Universidade de Maryland. Nele é possível observar a redução de dois biomas importantes no Paraguai, o Chaco e a Floresta do Alto Paraná, semelhante à Mata Atlântica existente no Brasil. As áreas em verde escuro mostram o Chaco ainda preservado e aquelas em azul escuro representam a floresta tropical que ainda está de pé. Os pontos em azul claro são as áreas já desmatadas.

O ritmo de desmatamento no país vizinho é intenso. Em algumas regiões 95% da cobertura vegetal já foi perdida. A principal causa para perda de florestas é a ampliação de áreas de cultivo de soja  e para a criação de gado. Muitas fazendas são frutos de investimento de brasileiros que cruzaram a fronteira e beneficiaram-se de terras baratas e leis ambientais mais brandas.

A janela abaixo compara duas imagens de satélite com 30 anos de diferença. Em 1973 pode-se ver a fronteira do Brasil com Paraguai antes da construção de Itaipu.  No lado esquerdo da foto mais antiga nota-se amplas áreas de floresta (verde) ainda preservadas no Paraguai. Já em 2003, o avanço do desmatamento é visível. No Brasil o quadro é misto. Por um lado ao redor do reservatório, ao norte, houve intensificação do desmate. Do outro, nos arredores de Foz do Iguaçu e nas margens do reservatório, pode se notar os efeitos do reflorestamento e recuperação das matas.

Veja fotos de satélite 1973 (esq.) e 2003 (dir) abaixo. Use o mouse para arrastar imagens e cursores no canto inferior direito para dar zoom

 

  • Gustavo Faleiros

    Editor da Rainforest Investigations Network (RIN). Co-fundador do InfoAmazonia e entusiasta do geojornalismo. Baterista dos Eventos Extremos

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