A noticiada suposta bomba encontrada na Câmara dos Deputados na semana passada nada mais é do que uma buzina de motocicleta, afirma o Greenpeace. Ela seria usada para fazer barulho contra contra o “Pacote do Veneno”.
A organização não governamental, que assumiu ter levado o equipamento dentro de uma pasta de plástico, acusa os deputados de criarem uma “fake news” ao divulgarem a suspeita de bomba.
“Única bomba é essa lei de agrotóxicos que eles querem aprovar”, reagiu o coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace, Marcio Astrini.
A falsa notícia de bomba foi uma artimanha, de acordo com Astrini, para que a comissão se reunisse de portas fechadas, fugindo da pressão dos manifestantes.
A Assessoria de Imprensa da Câmara dos Deputados não quis dar detalhes sobre o caso, que está sob investigação.
Em nota, informou que, na quarta-feira da semana passada, uma pasta foi achada no Plenário 6 do Anexo II, com “um simulacro de artefato explosivo dentro”.
Uma ocorrência foi aberta pela Polícia Legislativa. Logo depois, foi divulgada a informação de que o suposto artefato havia sido levado por integrantes do Greenpeace.
PL dos agrotóxicos
O Projeto de Lei 6299/2002, chamado de Pacote do Veneno pelos críticos, reduz as exigências para o uso de venenos na agricultura e passa a chamar os agrotóxicos de “defensivos fitossanitários”.
Defendida por deputados ligados ao agronegócio e indústrias químicas, a proposta vem sendo criticada por ambientalistas e cientistas.
Em nota, a Fundação Oswaldo Cruz divulgou afirma que o projeto negligencia a promoção da saúde e proteção da vida.
Entre as mudanças criticadas está a centralização sobre a liberação de agrotóxicos no Ministério da Agricultura, tornando tanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quanto o Ibama órgãos meramente consultivos nessa questão.
A nota da Fiocruz chama a atenção também para a inserção pela proposta na “análise de risco”, que segundo a fundação vai permitir a liberação de produtos perigosos, que podem causas câncer, mutações e más-formações congênitas e desregular hormônios, se o risco for considerado “aceitável”.
Apesar das críticas, a proposta foi aprovada na comissão especial, nesta segunda-feira, por 18 votos a 9. Ela não precisa passar por comissões permanentes e já pode ser incluída na Ordem do Dia no Plenário.
Se aprovada, precisará passar pelo Senado e por sanção do presidente da República.
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Bomba mesmo é essa cambada , opsss , bancada ruracista.
Nossa, que eco-trocadilho "original"! Ambientalista é assim, clichêzento "no úrtimo"!
Além do trocadilho, ele já vem com o modo papagaio ativado usando "ruracista". Sempre usando algo do quarteto: racista, machista, fascista, homofóbico.
Bem feito. O Greenpeace só enche o saco mesmo.
Pois é! Aqui mesmo acima tem a notícia do vandalismo deles nas milenares linhas de Nazca no Peru. São um bando de eco-xaropes