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A extensão da área atingida pelo fogo no Pantanal já representa cerca de 21% de toda extensão do bioma no Brasil e o equivalente a mais de 20 vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Entre 1º de janeiro e 20 de setembro de 2020, foram 31.860 km² impactados pelas chamas, o que representa um aumento de 118% em relação ao mesmo período no ano passado, quando os incêndios atingiram 14.610 km². Os dados são do sistema ALARMES, monitoramento desenvolvido pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ) e foram divulgados nesta terça-feira (22).
De acordo com o monitoramento, o Mato Grosso é o estado onde o Pantanal mais sofreu com o avanço do fogo até agora. São 19.410 km² já consumidos pelo fogo, uma área sete vezes maior do que a queimada no mesmo período em 2019, que atingiu 2.740 km². No vizinho, Mato Grosso do Sul, as chamas devastaram 12.380 km², um aumento de “apenas” 4,6% em comparação a 2019, quando o fogo se alastrou por 11.830 km² pantaneiros.
A Nota Técnica destaca também o avanço das queimadas em áreas protegidas do bioma. O Parque Estadual Encontro das Águas, local com a maior concentração de onças-pintadas por km², é a unidade de conservação mais afetada pelo fogo. O fogo já se alastrou por 90 mil hectares (900 km²) no parque, o equivalente a 83% do território, que está localizado ao sul de Mato Grosso.
No Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, o fogo já consumiu 26 mil hectares (260 km²), o equivalente a 19,1% da área total. No Parque Estadual do Guirá, as queimadas afetaram 15 mil hectares (150 km²), correspondente a 14,3% da unidade de conservação.
Na Terra Indígena Kadiwéu, no Mato Grosso do Sul, onde vivem os povos Chamacoco, Kadiwéu, Kinikinau e Terena, a extensão da área impactada pelo fogo já é de 206 mil hectares (2.060 km²), o correspondente a 38,3% do território. Em Terras Indígenas (TI) menores, o fogo já consumiu quase a totalidade das áreas, como na TI Perigara, habitada pelos Bororo, onde os 10 mil hectares (100 km²) queimados correspondem a 92,5% do território.
Por se tratar de um sistema pioneiro e ainda em fase de aperfeiçoamento, os dados do LASA possuem uma margem de erro de 20%. Acesse aqui a Nota Técnica na íntegra.
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