Por enquanto, quem ouve o que diz um holandês de 67 anos que dirige um pequeno centro de extração de madeira num canto da Amazônia já bastante degradado, o município de Paragominas, no Leste do Pará, ainda é uma minoria. Mas a partir de outubro, quando o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) deve estar dando as primeiras concessões para exploração florestal em florestas públicas, a audiência de Johan Zweede entre os madeireiros que atuam na região Norte vai certamente aumentar. A razão é simples: quem quiser autorização para cortar árvores em terras públicas precisará obedecer a duras regras de exploração madeireira de impacto reduzido.
Zweede não pensa em outra coisa desde 1995, quando fundou na fazenda Cauaxi o Instituto Floresta Tropical. Lá, ele e sua equipe dão cursos e fazem pesquisa sobre o que é mais conhecido como manejo florestal. A reportagem de O Eco passou dois dias na Cauaxi tentando entender como Zweede consegue conciliar duas idéias aparentemente tão paradoxais: a derrubada de árvores e a preservação da floresta. Embora muita gente diga que o grande benefício do manejo é o seu aspecto ambiental, Zweede prefere argumentar com a economia. Seus estudos e atividade lhe dão a certeza de que é muito mais barato e rentável cortar toras sem devastar. Veja aqui o slide show que conta essa história.
Leia também
Esportes na água têm uma importante responsabilidade em mãos
Eles incentivam a proteção do oceano a partir do contato, mas podem ser pouco acessíveis e evidenciar desigualdades sociais →
Anfíbios da Amazônia e da Mata Atlântica serão os mais prejudicados por combinação de seca e aquecimento
Estudo aponta que até 36% dos hábitats de sapos, rãs e pererecas do mundo podem estar ameaçados pela junção de temperaturas mais altas com redução da disponibilidade de água →
A pantera de Pembrokeshire
Vivemos em um planeta muito empobrecido e muito bem conhecido. Neste mundo que perdeu seu encantamento, as grandes feras que restam são nossa reserva de mistério →