Uma centena de organizações sociais divulgaram novo manifesto hoje rejeitando a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, cuja licença prévia foi prometida para sair em novembro, pelo próprio ministro do meio ambiente, Carlos Minc. Depois do seminário que reuniu diversos especialistas sobre os impactos da obra, técnicos e ativistas reafirmaram quão prejudiciais serão as interferências do empreendimento naquele ponto do rio Xingu.
Os pesquisadores citaram, entre outros aspectos, que faltam dados analíticos consistentes nos estudos de impacto ambiental da usina, sobre a abrangência da área a ser impactada, da população a ser atingida, dos reais impactos decorrentes da alteração do ciclo hídrico do rio Xingu, com a formação dos reservatórios e principalmente com a formação de uma área de secamento que se estenderá por 100 km, na região da Volta Grande do Xingu, onde se encontram as Terras Indígenas Paquiçamba, Arara da Volta Grande e Trincheira-Bacajá. Eles também alertaram sobre o possível aumento de doenças como dengue, malária, febre hemorrágica de Altamira e outras, em função de condições propícias para a reprodução de insetos transmissores, potencializadas pelo inchaço populacional, com a chegada de cem mil migrantes atraídos pela obra.
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →





