Reportagens

Uma palavra para destravar

Nem mesmo negociadores sabem quanto tempo vão durar as negociações. Muitos pontos de discordância podem ser solucionados com poucas decisões políticas.

Andreia Fanzeres ·
18 de dezembro de 2009 · 15 anos atrás

Nesta tarde, os textos ainda estavam com muitos colchetes (itens não consensuais), mas segundo a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Suzana Kahn, uma decisão política em áreas como metas ou finanças pode destravar muitos pontos de discordância ao mesmo tempo, nas mais diferentes áreas. Uma delas é a de florestas. “As negociações envolvendo REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) até que estão boas. O que ainda não sabemos é se o que concordamos sobre a área de florestas vai ser apençado ao documento final com as decisões da COP15. Se ele entrar, ainda vamos ter que trabalhar muito”, disse Kahn, sugerindo que as negociações continuem até amanhã.

O que se desenha até agora é a formatação de um documento com a decisão da COP15, vinculado a uma série de anexos, ou apêndices, com procedimentos para acordos futuros em REDD, transferência de tecnologia, finanças, sensitividade (associada ao impacto econômico da transformação para uma economia de baixo carbono) e mercado. “Neste ponto, por exemplo, o apêndice proposto sugere que dentro de mais um ano sejam definidos detalhes sobre fontes de captação de recursos para enfrentamento das mudanças climáticas”, diz Kahn.

  • Andreia Fanzeres

    Jornalista de ((o))eco de 2005 a 2011. Coordena o Programa de Direitos Indígenas, Política Indigenista e Informação à Sociedade da OPAN.

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