Reportagens

Ameaça de fogo no Amazônia

Chuvas atrasam na Região Norte e Centro Oeste por conta da influência do fenômeno La Niña.

Redação ((o))eco ·
5 de agosto de 2010 · 15 anos atrás

O clima vai continuar seco nas próximas semanas, contribuindo para as queimadas no sul da Amazônia, onde a umidade relativa do ar pode ficar abaixo dos 50%,segundo a previsão trimestral divulgada esta semana pelo Sipam. O motivo seria a influência do fenômeno La Niña, resfriamento das águas superficiais do Pacífico, que dificulta a formação de nuvens nesta região e deve adiar o início da estação chuvosa, que normalmente começa em setembro. Sul do Amazonas, Acre, Rondônia e Mato Grosso, com exceção do noroeste do estado, devem sofrer com a falta de chuvas nas próximas semanas.
 
O mesmo fenômeno El Niña deve provocar chuvas acima do normal ao norte da Amazônia, nos estados de Roraima, Amapá e norte do Amazonas e Pará. Nas demais áreas, as chuvas devem voltar a ocorrer com freqüência em outubro, de acordo com o Sipam. O calor também deve continuar forte na Amazônia, com temperaturas acima dos 35 graus, apesar de se repetir o fênomeno da friagem. Apenas do sul e sudoeste do Mato Grosso, as temperaturas devem ser normais para esta época do ano.

A falta de chuvas deve interferir também nos níveis dos rios da margem direita do Amazonas. “Destacam-se as áreas do sul do Amazonas, principalmente na calha dos rios Juruá e Purus, já que segundo a previsão são esperadas poucas chuvas para o trimestre, e as condições de baixo índice pluviométrico já refletem na calha dos rios da região, cujos níveis estão próximo aos registrados nas maiores vazantes”, afirma a meteorologista do Sipam, Ana Cleide Bezerra.

 (Vandré Fonseca)

 

 
 

De acordo com os Dados do Sistema de Monitoramento de Queimadas por Satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) o risco de queimadas em boa parte do Brasil varia de alto a crítico. Na Amazônia, o risco é considerado crítico no norte de Rondônia e Mato Grosso, no sul do Amazonas e do Pará. Na região leste do Acre, o risco é considerado alto, agravado por ventos fortes e baixa umidade.

Fonte: Altino Machado, Blog da Amazônia

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