
Estatísticas de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande (FURG/RS) e do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental mostram que Várias centenas ou, algumas vezes, mais de mil toninhas morrem todos os anos enroladas em redes de pesca no litoral gaúcho. O pequeno golfinho típico do Atlântico Sul é possivelmente o cetáceo mais afetado pela pesca no globo. Isso ocorre porque a espécie precisa subir até a superfície para respirar, quando se prende em redes e acaba morrendo sufocada. Este ano, com apoio da Fundação O Boticário, o time avalia onde a pesca coincide com áreas de maior ocorrência do mamífero. A idéia é propor restrições às pescarias nesses locais, em conjunto com pescadores, indústria, governo e instituições não-governamentais. Conforme especialistas da Furg, a queda nos estoques pesqueiros no Sul aumentou o tamanho das redes, prejudicando ainda mais as toninhas, principalmente entre novembro e fevereiro. As redes usadas na “pesca de emalhe” têm cerca de 20 quilômetros, mas algumas podem chegar a mais de 30 quilômetros.
Saiba mais:
Obras portuárias ameaçam vida marinha
Fome de progresso no Porto de Santos
Pelas toninhas
Refúgio bagunçado
Leia também

Que semana, hein?
Apesar das batalhas perdidas e dos ciclos que se fecham, a luta ambiental tem que seguir →

O Brasil e o mundo dão adeus a Sebastião Salgado, que viveu 81 anos de histórias e imagens
O fotógrafo dedicou grande parte da vida aos temas humanistas e ecológicos, incluindo a restauração de ambientes naturais →

Pela transição energética Norte-Sul pactuada na COP30
Uma tal prioridade técnico-econômica tanto levaria à substituição mais rápida das fontes energéticas predominantes, quanto ampliaria o leque das demais renováveis e superaria o impasse Norte-Sul →