Salada Verde

Mortandade sem igual

Centenas de toninhas morrem enroladas em redes. Pesquisadores tentarão restrições à pesca em áreas de maior risco.

Salada Verde ·
11 de fevereiro de 2010 · 15 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
foto: Arquivo / Nema
foto: Arquivo / Nema

Estatísticas de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande (FURG/RS) e do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental mostram que Várias centenas ou, algumas vezes, mais de mil toninhas morrem todos os anos enroladas em redes de pesca no litoral gaúcho. O pequeno golfinho típico do Atlântico Sul é possivelmente o cetáceo mais afetado pela pesca no globo. Isso ocorre porque a espécie precisa subir até a superfície para respirar, quando se prende em redes e acaba morrendo sufocada. Este ano, com apoio da Fundação O Boticário, o time avalia onde a pesca coincide com áreas de maior ocorrência do mamífero. A idéia é propor restrições às pescarias nesses locais, em conjunto com pescadores, indústria, governo e instituições não-governamentais. Conforme especialistas da Furg, a queda nos estoques pesqueiros no Sul aumentou o tamanho das redes, prejudicando ainda mais as toninhas, principalmente entre novembro e fevereiro. As redes usadas na “pesca de emalhe” têm cerca de 20 quilômetros, mas algumas podem chegar a mais de 30 quilômetros.

Saiba mais:
Obras portuárias ameaçam vida marinha 
Fome de progresso no Porto de Santos
Pelas toninhas
Refúgio bagunçado

Leia também

Análises
23 de maio de 2025

Que semana, hein?

Apesar das batalhas perdidas e dos ciclos que se fecham, a luta ambiental tem que seguir

Notícias
23 de maio de 2025

O Brasil e o mundo dão adeus a Sebastião Salgado, que viveu 81 anos de histórias e imagens

O fotógrafo dedicou grande parte da vida aos temas humanistas e ecológicos, incluindo a restauração de ambientes naturais

Análises
23 de maio de 2025

Pela transição energética Norte-Sul pactuada na COP30

Uma tal prioridade técnico-econômica tanto levaria à substituição mais rápida das fontes energéticas predominantes, quanto ampliaria o leque das demais renováveis e superaria o impasse Norte-Sul

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.