Há anos cientistas alertam para o desaparecimento de milhões de abelhas em todo mundo. Chamam esse fenômeno de Desordem de Colapso da Colônia (Colony Collapse Disorder – CCD, em inglês), quando as abelhas não conseguem voltar para as colmeias e simplesmente desaparecem no caminho. Os cientistas ainda não chegaram a uma conclusão do porque do colapso, mas alguns responsáveis já foram apontados: os pesticidas.
A morte das abelhas tem efeito direto na produção dos alimentos: elas são responsáveis por pelo menos 73% polinização das plantas, de acordo com estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) publicado em 2004.
Pelo menos duas marcas entraram na lista negra: O Imidacloprid , o mais importante pesticida neonicotinóides do mercado, ou em bom português, insenticidas que tiveram origem na molécula de nicotina. E o pesticida Fipronil, proibido na França em 2004 por causa da mortandade das abelhas.
Segundo Joergen Tautz, da Universidade de Wurzburg, em entrevista ao diário britântico Daily Telegraph: “As abelhas são vitais para a biodiversidade. Há 130.000 espécies de plantas, por exemplo, para que as abelhas são essenciais para a polinização, a partir de melões, abóboras, framboesas e todos os tipos de árvores frutíferas”.
Para pressionar a União Europeia a proibir o uso dos pesticidas neonicotinóides, os ambientalistas estão fazendo uma petição online solicitando a proibição do seu uso. A campanha “Emergência Mundial Pelas Abelhas”, da Avaaz, necessita de 1.000.000 assinaturas, e havia conseguido, até o fechamento desta nota, 607.785 assinaturas de todas as partes do mundo. Existe também um movimento nas redes sociais, como Facebook e Twitter, encabeçado pela Avaaz. (Daniele Bragança)
Leia também
A divulgação é o remédio
Na década de 1940, a farmacêutica Roche editou as Coleções Artísticas Roche, 210 prospectos com gravuras e textos de divulgação científica que acompanhavam os informes publicitários da marca →
Entrevista: ‘É do interesse da China apoiar os planos ambientais do Brasil’
Brasil pode ampliar a cooperação com a China para impulsionar sustentabilidade na diplomacia global, afirma Maiara Folly, da Plataforma CIPÓ →
Área de infraestrutura quer em janeiro a licença para explodir Pedral do Lourenço
Indígenas, quilombolas, ribeirinhos, peixes endêmicos e ameaçados de extinção serão afetadas pela obra, ligada à hidrovia exportadora →