Segundo eles, a contribuição dos rebanhos para o aquecimento global sempre foi conhecida, mas era freqüentemente subestimada. Também afirmam que substituir boiadas e assemelhados por “melhores alternativas” terá efeitos mais rápidos nas ações climáticas do que trocar combustíveis fósseis por energia renovável.
Em parte, porque arrotos e puns de ruminantes liberam gás Metano, 21 vezes mais poderoso que o Dióxido de Carbono quando o assunto é esquentar o planeta. No entanto, o tempo médio de vida do primeiro poluente na atmosfera é de oito anos, enquanto que do segundo é de pelo menos um século.
Goodland e Anhang também comentaram que o desmatamento de florestas para abertura de pastagens é outra fonte de emissões atrelada aos rebanhos que costuma ser esquecida. Matas estocam em média 200 toneladas de carbono por hectare, enquanto pastos apenas oito toneladas por hectare, disseram. Mais informações (em inglês) aqui.
Conforme os números divulgados esta semana pelo Ministério do Meio Ambiente, as emissões do rebanho brasileiro subiram 25% entre 1994 e 2007. Mato Grosso é o estado com o maior número de cabeças de gado, são 26 milhões.
Aldem Bourscheit
Leia também
Entrando no Clima #42 | Texto final da COP 29 frustra em todos os pontos
A 29ª Conferência do Clima chegou ao seu último dia, sem vislumbres de que ela vai, de fato, acabar. →
Entrando no Clima#41 – COP29: O jogo só acaba quando termina
A 29ª Conferência do Clima chegou ao seu último dia, sem vislumbres de que ela vai, de fato, acabar. →
Supremo garante a proteção de manguezais no país todo
Decisão do STF proíbe criação de camarão em manguezais, ecossistemas de rica biodiversidade, berçários de variadas espécies e que estocam grandes quantidades de carbono →