Os líderes partidários da Câmara dos Deputados só conseguiram chegar a um acordo para o dia da votação do Código Florestal na tarde do último dia 18. Reunidos na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural com o relator do projeto, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a bancada ruralista e a oposição concordaram com a votação no Plenário.
Fez parte das negociações a não convocação do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, requisitado para prestar depoimento sobre acusações de rápido enriquecimento; e o fim da obstrução da oposição às medidas provisórias, principalmente a MP 517/10 e a MP 521/10, que são prioridades do Governo Executivo. O deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB, disse em coletiva que o governo teria tempo para negociar os ajustes necessários no texto do relator.
Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), “A oposição já declarou guerra. A forma como atuam líderes da oposição é inaceitável”. Vaccarezza esteve reunido há uma semana com os líderes dos partidos da base aliada. Os partidos de oposição não compareceram ao encontro.
Tentativas oposicionistas
O líder do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto, insistiu em apresentar um requerimento pedindo uma sessão exclusiva para a votação do Código. “Os deputados que forem contra a votação estarão dando um sinal de que não têm compromisso verdadeiro com esse tema. Se deixarmos o governo passar por cima votando MPs, nossos mandatos vão valer cada vez menos”, ressaltou.
O líder governista, no entanto, disse que a intenção do Democratas “é impor uma derrota ao governo, e não aprovar o código”.
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