O programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), conduzido pelo governo brasileiro com apoio da agência de cooperação alemã (GTZ) e pela ONG WWF, é um importante estoque de carbono. Isso é que sustenta um estudo feito pelo WWF-Brasil, o Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (IPAM) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). De acordo com a pesquisa, até 2050, as unidades de conservação criadas pelo programa evitariam a emissão de 1,8 bilhão de toneladas de carbono na atmosfera. Isso representa mais ou menos 5% do total das emissões globais em um ano.
O estudo olhou para os 31 milhões de hectares protegidos pelo Arpa e projetou as áreas que estariam sob pressão de desmatamento para descobrir quanto carbono permanecerá guardado na floresta preservada. Os dados, ainda preliminares, ajudam a esquentar a disputa aqui em Bali sobre mecanismos de incentivo financeiro para combate ao desmatamento. Projeções sobre a destruição de áreas florestadas não estão sendo bem aceitas nas negociações. A delegação brasileira, por exemplo, fala em incentivos para reduções efetivas do desmatamento.
Leia também
Em duas décadas, vegetação nativa perdida no Brasil tem quatro vezes a extensão de Portugal
Entre 2004 e 2023 foram convertidos 40,5 milhões de hectares de florestas para atividades produtivas, principalmente agropecuária, nos biomas brasileiros →
Desafios e futuro da preservação ambiental marcam 1º dia do Seminário de Jornalismo Ambiental ((o))eco
Evento marcou o início da comemoração de 20 anos de ((o))eco, com mesas de conversa, entrevistas, mostra de cinema e lançamento da Bolsa Reportagem Vandré Fonseca de Jornalismo Ambiental →
De olho nas formigas: ICMBio convida sociedade a ajudar na coleta de dados sobre espécies
Órgão ambiental abre consulta pública para avaliar risco de extinção de formigas, pessoas podem enviar contribuições como registros e fotos até o dia 8 de setembro →