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Rio de Janeiro monitora qualidade do ar em unidades de conservação

Estudo servirá de base para avaliar futuramente os impactos de empreendimentos poluidores localizados próximos de áreas protegidas.

Daniele Bragança ·
22 de julho de 2015 · 10 anos atrás

Após monitorar a qualidade do ar em 3 unidades de conservação, estação móvel está visitando o Parque Nacional Serra dos Órgãos. Foto:
Após monitorar a qualidade do ar em 3 unidades de conservação, estação móvel está visitando o Parque Nacional Serra dos Órgãos. Foto:

O estado do Rio de Janeiro está usando uma unidade móvel de monitoramento da qualidade do ar para coletar dados nas suas áreas protegidas. O projeto está sendo administrado pela Gerência de Qualidade do Ar do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), com o objetivo de permitir a avaliação futura de impactos de empreendimentos poluentes instalados próximos a essas áreas.

A unidade móvel é uma van dotada de sensores. O ar é captado por uma espécie de tubo, onde é separado por filtros que permitem analisar cada poluente. A van fica em cada área protegida entre 3 e 4 meses coletando dados de todos os poluentes legislados – dióxido de enxofre (SO²), monóxido de carbono (CO), ozônio (O³)e material particulado (MP), além de parâmetros meteorológicos.

Os Parques Nacionais da Tijuca e do Mendanha, no Rio, e o Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Niterói, já foram avaliados e a qualidade do ar nas três unidades foi considerada boa.

Atualmente, o equipamento está coletando dados no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Ele foi incluído na amostra após pedidos de pesquisadores e autoridades do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama e da Assembleia Legislativa do estado (Alerj).  De acordo com o Inea, os dados coletados na Serra dos Órgãos servirão como referência para avaliar futuros impactos da operação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

A unidade móvel foi adquirida pelo estado junto com outras 10 estações fixas para monitorar a qualidade do ar nos locais de competição dos Jogos Olímpicos e será usada no projeto no projeto de levantamento de dados em unidades de conservação até o começo de 2016, quando será deslocada para monitorar locais de competição dos Jogos Olímpicos.

 

*Este texto é original do blog Observatório de UCs, republicado em O Eco através de um acordo de conteúdo.

 

 

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  • Daniele Bragança

    Repórter e editora do site ((o))eco, especializada na cobertura de legislação e política ambiental.

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